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2019-01-17 às 16h24

Um «bom acordo» com o Reino Unido é a melhor forma de proteger cidadãos, empresas e economia

Declarações do Primeiro-Ministro e do Negociador-chefe da UE sobre o Brexit
O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que a melhor forma de proteger «os cidadãos, as empresas e a economia» e «preparar as relações futuras» é conseguir um «bom acordo» com o Reino Unido.

António Costa falava em conferência de imprensa ao lado do Negociador-chefe da União Europeia para o Brexit, Michel Barnier, que visita Portugal pela terceira vez no quadro do processo de negociação da saída do Reino Unido da União Europeia.

«A pior solução para o Brexit é não haver acordo», pelo que «é urgente que as autoridades britânicas tomem a iniciativa de dar os passos necessários para que possamos, até às 23 horas do próximo dia 29 de março» obter um «bom acordo».

Reafirmando a confiança do Governo português em Michel Barnier e «na forma como tem conduzido todo este processo negocial», o Primeiro-Ministro referiu que espera também, da parte do Reino Unido, uma resposta «profissional, clara e responsável», semelhante à que tem sido dada pela Comissão Europeia e pelo Conselho Europeu.

Questionado sobre eventuais alterações ao acordo da União Europeia, após o chumbo do Parlamento Britânico, António Costa relembrou que não cabe, nem à União Europeia nem a Michel Barnier, dar qualquer passo, mas sim à Primeira-Ministra britânica.

«Se o Reino Unido desejar, desde já, expressar uma relação mais ambiciosa com a União Europeia - do que aquela que está na declaração política anexa ao acordo - estamos disponíveis», afirmou o Primeiro-Ministro, acrescentando porém que «o que gostaríamos mesmo é que o Reino Unido continuasse na União Europeia».

Michel Barnier, por sua vez, referiu-se à negociação para o Brexit como «extraordinariamente complexa» porque afeta a segurança dos cidadãos de diversos países, como é o caso de Portugal, que tem atualmente «centenas de milhar de cidadãos que vivem e trabalham no Reino Unido» e que acolhe cerca de 30 mil cidadãos do Reino Unido.

Para Michel Barnier, o acordo que foi alcançado é o melhor possível, permitindo que o Brexit possa decorrer de forma ordenada para que a confiança entre a União Europeia e o Reino Unido se mantenha nas relações futuras.

«O Reino Unido continuará a ser um país próximo, um país amigo, um país parceiro e aliado», disse Michel Barnier, acrescentado que «para nossa segurança é preciso reconstruir esta parceria, consolidar esta aliança e esta amizade».

Apesar de este ser «um momento grave», Michel Barnier referiu que os países da União Europeia «irão manter-se calmos e unidos» e continuarão a trabalhar «com transparência, diálogo e determinação».