A Administração dos Portos de Douro, Leixões e Viana do Castelo lançou um concurso público internacional para a recuperação do Titã do molhe sul do porto de Leixões.
A Administração dos Portos decidiu recuperar o guindaste Titã pela sua importância no património industrial do porto de Leixões e relevo na história de Matosinhos.
A recuperação tem um preço base de 1 850 000 euros, estando a adjudicação da obra está prevista para outubro, sendo o prazo de execução de um ano, devendo a inauguração da recuperação do Titã ocorrer no último quadrimestre de 2020.
O guindaste ficará instalado no acesso ao Terminal de Cruzeiros de Matosinhos e, seguindo a lógica de abertura à cidade, poderá ser visitado pela população.
Os dois guindastes foram construídos em 1888 para colocar as pedras dos molhes norte e sul do porto de Leixões e batizados de Titãs pela população devido ao seu tamanho.
Tratava-se de enormes guindastes movidos a vapor que se deslocavam sobre carris.
A obra do Porto de Leixões começou em julho de 1884 e o projeto inicial consistia na construção de dois grandes molhes, um a norte, com a extensão de 1 579 metros, e outro a sul, com a extensão de 1 147 metros.
Para o assentamento dos molhes aproveitaram-se, em grande medida, os rochedos que existiam no mar e que já conferiam um bom porto de abrigo natural, os chamados leixões, que viriam a dar o nome à nova infraestrutura portuária.
O trabalho mais importante foi efetuado pelos Titãs – o Titã do molhe norte, ainda visível de Leça da Palmeira, e o Titã do molhe sul, que foi desativado em 2013 por razões de segurança.