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2018-08-08 às 15h27

Sistema de proteção civil respondeu ao desafio dos primeiros dias de muito calor

Declaração sobre a resposta do sistema de proteção civil à onda de calor
Primeiro-Ministro António Costa em reunião sobre a resposta aos incêndios rurais na Autoridade Nacional de Proteção Civil, Oeiras, 8 agosto 2018 (Foto: Clara Azevedo)
«O facto de termos tido 582 ignições nestes cinco dias mais críticos, e destas, só termos tido 26 incêndios e destes, só o de Monchique ter concentrado a atenção geral, demonstra que o sistema respondeu ao desafio que lhe foi colocado», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa num primeiro balanço da resposta operacional e das medidas adotadas pelo Estado perante a onda de calor dos últimos dias.

No final de uma reunião na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Oeiras, o Primeiro-Ministro destacou que «os dados que temos mostram que a capacidade que o País hoje tem de prever as situações de risco», pois «as previsões do IPMA foram informações seguras que permitiram às autoridades e aos cidadãos adequarem os seus comportamentos e ações».

António Costa, sublinhou que «as instituições que têm de responder em situações de socorro, deram essa resposta», numa declaração na qual estiveram também presentes o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e os Secretários de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, e das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel João de Freitas.

Contudo, «todos temos consciência que esta foi só a primeira prova que temos pela frente», sendo cedo para fazer um balanço, mas podendo já ser tiradas algumas conclusões «desta primeira grande prova a que fomos sujeitos este ano» e, que «o verão chegou tardio mas com uma vaga de calor que atingiu extremos absolutos».

Incêndio de Monchique

O Primeiro-Ministro recusou a ideia de que o incêndio de Monchique possa ser «referido como prova de que não vale a pena fazer prevenção», pois «o que os últimos dias demonstraram é que se não tivéssemos feito prevenção desde o outono passado, com a vaga de calor que tivemos, teríamos tido muito mais ocorrências, muito mais incêndios e teriam sido incêndios muito mais dramáticos».

No combate aos incêndios «a primeira prioridade da prevenção é a salvaguarda das vidas humanas e, até ao momento, não há registo da perda de vidas humanas. Em segundo lugar, é a proteção e segurança das pessoas, e temos tido feridos ligeiros em número bastante reduzido, e ainda menos feridos graves». 

António Costa disse ainda, «em terceiro lugar», que «perante a gravidade deste incêndio, se não tivesse havido prevenção, ele teria uma dimensão bem superior à que tem». «Este incêndio de Monchique foi o que confirmou a regra do sucesso até agora», acrescentou.

Agradecer o trabalho e o civismo

O primeiro-Ministro agradeceu «ao conjunto dos portugueses o enorme trabalho para criarmos condições para termos povoações e habitações melhor protegidas. O termos tido menos incêndios este ano, apesar de um estado climatérico mais adverso, deve-se a esse esforço», disse.

Agradeceu também «o particular cuidado com que os portugueses têm seguido as recomendações para evitar os comportamentos de risco, porque os incêndios nascem do comportamento humano, seja intencional ou por negligência».

Agradeceu ainda «o civismo com que perante situações de tragédia têm seguido as indicações das autoridades, nomeadamente nas situações de evacuação preventiva. Quero insistir que é essencial para a preservação da vida humana, para diminuirmos o risco de acidentes pessoais, que todos sigam as instruções das autoridades».

Finalmente, António Costa agradeceu «aos milhares de agentes da proteção civil que têm estado empenhados na prevenção e resposta à ameaça dos incêndios rurais: aos bombeiros voluntários, que constituem a espinha dorsal do sistema de proteção civil; aos bombeiros profissionais, municipais ou da força especial de bombeiros; às forças de segurança; aos militares das Forças Armadas; aos sapadores florestais, aos vigilantes da natureza, e aos guardas florestais».