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2019-06-14 às 19h36

Secretária de Estado da Defesa Nacional dedica o dia aos jovens de Portimão e Silves

Secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto, participou numa conversa com os alunos do ensino secundário sobre o papel das Forças Armadas na sociedade portuguesa, Portimão, 14 junho 2019
Secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto, participou numa conversa com os alunos do ensino secundário sobre o papel das Forças Armadas na sociedade portuguesa, Portimão, 14 junho 2019
A Secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto,  explicou o trabalho das Forças Armadas e invisibilidade de «milhares de homens e mulheres que todos os dias trabalham no território nacional e fora de Portugal», durante uma conversa com alunos do ensino secundário de várias escolas de Portimão.

No Salão Nobre da Câmara Municipal de Portimão, Ana Santos Pinto perguntou a cerca de uma centena de jovens quem são os militares portugueses e, dirigindo-se à plateia, sublinhou: «São os que garantem que internamente nós possamos ter a vida tranquila, como vocês têm: vão à esplanada e estão nas redes sociais, tranquilamente e sem medo».

«Lá fora, protegem as outras pessoas, é algo que é distante dos nossos olhos, não sabemos que isto acontece», continuou. «Esta ajuda que damos, seja no âmbito da política externa ou dos compromissos internacionais que temos, que são fazermos parte da NATO e da União Europeia garante que ajudamos quem precisa e somos ajudados quando precisamos», explicou Ana Santos Pinto.

Numa conversa informal, com a presença da presidente da autarquia, Isilda Gomes, a Secretária de Estado da Defesa Nacional dedicou a manhã a explicar «para que servem as Forças Armadas neste clima de ausência de guerra e para que serve o Dia da Defesa Nacional», que em breve, cada um deles terá. Por ora, fica a experiência das atividades desportivas dos Ramos das Forças Armadas, em demonstrações que aguardavam os jovens alunos no Largo do Município.

Ana Santos Pinto saiu depois para o Ponto de Apoio Naval de Portimão. «Vocês vivem aqui junto ao mar e nós temos uma das maiores áreas marítimas de que temos de tomar conta» e os militares portugueses têm de fazer «toda a vigilância da costa, o apoio aos pescadores, às embarcações de recreio, do ponto de vista marítimo e do ponto de vista aéreo» e para tal «há centenas de pessoas em terra a fazer o trabalho de preparação que nós não vemos», mas que «todos os dias fazem este trabalho» onde é necessário haver uma série de especialidades para que seja levada a cabo a missão.

Perante algumas questões levantadas pelos alunos, a Secretária de Estado realçou que há uma ideia sobre as Forças Armadas que tem de ser desconstruída: a de «obediência cega», afirmando que nas Forças Armadas «há um conjunto de regras, existe uma lealdade mas existe também uma capacidade crítica» que permite que seja referido que «há outra forma de fazermos isto, que nós não podemos colocar em causa é o trabalho e a vida das outras pessoas» e estes são «valores que são particulares nas Forças Armadas mas que fazem parte do nosso dia-a-dia».

Ana Santos Pinto esteve numa conversa com os oitenta e dois jovens participantes do Dia da Defesa Nacional, no Museu Municipal de Portimão.

À margem das visitas do programa, Ana Santos Pinto respondeu às questões colocadas pelos jornalistas presentes no recrutamento, os efetivos e a sensibilização dos jovens para as questões da Defesa Nacional.

A Secretária de Estado referiu que «o recrutamento tem sido de facto um desafio, não só pelo fim do Serviço Militar Obrigatório, mas também porque a própria sociedade e os jovens têm hoje uma perspetiva de desenvolvimento profissional que é diferente».

«Mas também há que salientar que esta não é uma questão portuguesa: esta é uma tendência em todos os países europeus, em todas as economias desenvolvidas e aquilo em que temos de nos esforçar é em criar o contexto nas Forças Armadas que torne apelativa, atrativa, esta vida militar e a forma como estes jovens vêm a sua carreira profissional e que pode ser desenvolvida no campo das Forças Armadas», disse.

Ana Santos Pinto acrescentou que a Defesa Nacional apresentou o Plano da Profissionalização neste contexto, que é um conjunto de medidas que têm vindo a ser desenvolvidas pelos Ramos das Forças Armadas e que podem ser partilhadas pelos Ramos ou ser específicas a cada um.

«Faz sentido olharmos para elas, ver o resultado que vai sendo obtido e a forma de fazermos esse melhoramento, seja no sentido do recrutamento ou no da manutenção dos efetivos das Forças Armadas, e depois reinseri-los quando eles voltam ao mercado civil», afirmou Ana Santos Pinto, referindo também que este é «um plano que é necessário ser desenvolvido, que é necessário ser testado e isso pode passar, naturalmente, por alterações no ponto de vista legislativo».

A governante explicou que «este Dia da Defesa Nacional passa por explicar o que fazem as Forças Armadas, as missões que têm todos os dias e o trabalho invisível de milhares de homens e mulheres que todos os dias nos permitem ter a vida e a qualidade de vida que nós temos em território nacional e também com as missões fora do território nacional».

«Este é o espírito do Dia da Defesa Nacional», acrescentou, sublinhando o trabalho natural dentro da lógica do recrutamento e do trabalho, porque a entrada nas Forças Armadas exige comprometimento e um sentido de missão que «nem todos estão dispostos a aplicar no seu dia-a-dia profissional».

Ana Santos Pinto dedicou o dia à sensibilização dos jovens para as questões da Defesa Nacional. Este ano, cerca de 4600 jovens oriundos do Algarve participam nas atividades que decorrem no Ponto de Apoio Naval e no Museu Municipal de Portimão.