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2018-05-09 às 17h51

Reforço da estabilidade no trabalho é condição essencial ao aumento da natalidade

«Se não assumirmos como objetivo nacional um reforço da estabilidade das relações profissionais, teremos mais dificuldade em ultrapassar a limitação que temos», afirmou o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, referindo-se ao desafio do aumento da natalidade.

Na conferência «Natalidade: Como fazer crescer Portugal», em Lisboa, o Ministro acrescentou que «as licenças parentais, os apoios à natalidade e os equipamentos sociais valem pouco, quando se vive uma situação de profunda instabilidade nas relações laborais».

«Na idade mais ativa e mais fértil foi onde menos cresceu emprego», afirmou Vieira da Silva, acrescentando que «temos dificuldades em captar esses grupos etários», que emigraram em busca de melhor emprego, e estão agora a ter filhos fora do País.

Segundo dados oficiais, o grupo etário que menos cresceu em Portugal, em matéria de emprego, foi o correspondente à idade fértil.

Necessidade de políticas de apoio à natalidade

«É importante reconhecer que existe uma diminuição da natalidade para que possa ser vencida a batalha com respostas conjugadas de mobilização nacional», afirmou ainda o Ministro.

Vieira da Silva disse: «Portugal necessita de uma ação mais agressiva de combate à baixa taxa de natalidade, sobretudo quando o número de crianças que nascem é significativamente inferior ao número que as famílias desejariam ter».

«Quando existe este desconforto global porque as pessoas não tem capacidade de realizar os seus desejos, justifica-se políticas de apoio à natalidade», acrescentou o Ministro, referindo que «há aqui uma necessidade de mobilização de todos os parceiros para olhar a natalidade como um objetivo nacional».

Outro fator referido por Vieira da Silva que cria dificuldades à constituição de família foi a crescente dificuldade do acesso à habitação para jovens, um fenómeno mais sensível nas áreas metropolitanas.