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2018-04-09 às 17h28

Primeiro-Ministro sublinha vontade europeia de construir futuro comum no centenário da Batalha de La Lys

Primeiro-Ministro, António Costa, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e a Secretária francesa da Defesa, Geneviève Darrieussec, no centenário da Batalha de La Lys, França, 9 abril 2018 (Foto: Mário Cruz/Lusa)
«Cem anos depois, celebramos a paz e a reconciliação entre os povos europeus e a sua vontade de construirmos juntos um futuro comum», afirmou o Primeiro-Ministro, António Costa, na cerimónia evocativa do centenário da Batalha de La Lys, em La Couture, em França.

O Primeiro-Ministro sublinhou o profundo reconhecimento pela presença do Presidente francês, Emmanuel Macron, no cemitério militar de Richebourg, ao lado da delegação portuguesa presidida pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, da qual também fez parte o Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes.

António Costa realçou ainda que as Forças Armadas portuguesas são «dignas herdeiras de uma tradição militar que, ontem como hoje, muito honra Portugal» e que os emigrantes «engrandecem a França e prestigiam Portugal».

O Presidente francês afirmou: «Temos esta amizade entre Portugal e França, esta amizade profunda e sólida, cimentada por milhares de portugueses e franceses de origem portuguesa cuja energia e trabalho fortificam a nossa nação diariamente, cimentada por este sangue vertido, por estes jovens que aqui vieram defender a nossa liberdade e a nossa Europa».
 
Referindo-se à Batalha de La Lys, Emmanuel Macron disse: «Centenas de soldados portugueses morreram nesse dia, ao realizarem corajosamente uma batalha desigual que opôs 20.000 dos seus a mais de 50 mil alemães que aí agarravam a sua última oportunidade para ganhar a guerra antes da chegada dos esforços dos Estados Unidos. Foram, no total, 7.000 soldados portugueses que foram mortos, feridos e capturados num só dia negro, o mais mortífero da Grande Guerra para o vosso povo».
 
Portugal empenhado nas missões de paz

Em frente ao Monumento aos Mortos portugueses, o Primeiro-Ministro disse que «é preciso olhar para o futuro tendo em conta os erros do passado», e lembrou que «os portugueses sofreram no corpo e na alma a violência» da Primeira Guerra Mundial. Em seguida, foi descerrada uma placa evocativa do centenário da Primeira Guerra Mundial.

António Costa sublinhou que Portugal se comprometeu a contribuir para a paz e lembrou que o País respondeu afirmativamente, quando a França pediu soldados para a República Centro-Africana, depois dos atentados que sofreu.

O Primeiro-Ministro e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitaram também a igreja onde está exposto o «Cristo das Trincheiras» e um fresco sobre a Batalha de La Lys. A agenda das comemorações do centenário da Batalha de La Lys inclui ainda o descerrar de placas em Arras e Lille, e visitas a exposições nessas cidades.