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2018-05-19 às 14h33

Primeiro-Ministro sublinha necessidade de manter esforço preventivo para minimizar risco de incêndio

Primeiro-Ministro, António Costa, visita o Exercício Montemuro 18, promovido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, Cinfães, 19 maio 2018 (Foto: Paulo Novais/Lusa)
O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que «não há nenhuma razão para não estarmos preocupados. Há é todas as razões para cada um, com as capacidades que tem, fazer o que lhe compete para diminuir o risco e para, havendo situações de risco, o enfrentarmos o melhor possível», referindo-se aos incêndios florestais.

Estas declarações foram feitas em Cinfães, onde está instalado o posto de comando operacional do Exercício Montemuro 18, promovido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), com o objetivo de testar a capacidade de resposta operacional. Esteve também presente o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

O Primeiro-Ministro reafirmou: «Temos todos os motivos para nos mantermos preocupados. Conhecendo o nosso clima e a nossa floresta, não há razão para não estar preocupado».

Reforço da capacidade de resposta

«Assim, há que agir de forma a prevenir, a responder prontamente e com a maior capacidade possível para evitar que haja o menor número de ignições e área ardida e, sobretudo, menor risco para a vida das pessoas e para os seus bens», disse ainda António Costa.

O Primeiro-Ministro sublinhou também a necessidade de manter o esforço empreendido na limpeza de matos e na criação de faixas de gestão e de interrupção de combustíveis, para além de se evitarem todos os comportamentos de risco.

«Treinar para melhorar as capacidades é um esforço que tem que continuar a ser feito», acrescentou António Costa, realçando a importância de «articular cada vez melhor as diferentes componentes, desde os bombeiros voluntários até aos militares das Forças Armadas», integrando todos sob a direção da ANPC.

Importância de testar o dispositivo

O exercício que a ANPC está a desenvolver nos distritos de Aveiro e de Viseu - que envolve 841 operacionais e 198 viaturas, de 20 entidades - «é muito importante para testar o funcionamento de todo este sistema», referiu ainda o Primeiro-Ministro, lembrando que «só reforçamos a nossa capacidade testando, ou seja, treinando», pois, «não são só as equipas que têm que treinar para jogar bem, toda esta grande equipa tem que treinar muito para poder funcionar bem».

«Temos um adversário que é muito difícil, que tem a ver com as alterações climáticas, com a necessidade de gerir uma floresta que acumulou décadas de desordenamento, com comportamentos de riscos que são muito habituais e geradores de situações de risco efetivo» de incêndio, acrescentou António Costa.

E concluiu, referindo que, «infelizmente, há incêndios todos os dias, creio que sábado passado houve 166» que «não abriram telejornais porque felizmente o sistema respondeu. O objetivo é mesmo esse. Que não haja incêndios e, havendo, que eles sejam apagados o mais rapidamente possível».