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2019-01-21 às 14h36

Primeiro-Ministro presidiu à instalação da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais

Primeiro-Ministro António Costa cumprimenta bombeiros em formação no Centro de Operações e Técnicas Florestais, Lousã, 21 janeiro 2019
Instalação da Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais
O Primeiro-Ministro António Costa presidiu à instalação da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais, no Centro de Operações e Técnicas Florestais, numa cerimónia em que estiveram também presentes os Ministros da Defesa Nacional, Gomes Cravinho, da Administração Interna, Eduardo Cabrita, Adjunto e da Economia, Siza Vieira, do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, do Ambiente e Transição Energética, Matos Fernandes, e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos.

Os membros do Governo visitaram o Centro de Operações e Técnicas Florestais e participaram numa reunião do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, antes da instalação da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF), presidida por Tiago Oliveira.

O Primeiro-Ministro recordou que houve, especialmente desde 2006, «uma distração que não pode voltar a haver» relativamente à floresta e aos incêndios rurais. O Governo aprovou uma reforma estrutural da floresta e também várias medidas (algumas das quais publicadas no Diário da República de hoje).

Nunca podemos estar descansados

António Costa disse que «nunca podemos estar descansados em relação aos riscos de incêndio que existem», tanto mais que as alterações climáticas vieram agravar nos últimos anos as condições de proteção da floresta portuguesa, bem como das populações.

«Há um problema global de alterações climáticas que agravou» as condições de eclosão de fogos, onde a desertificação dos territórios do interior e o desordenamento florestal já propiciavam a ocorrência de incêndios, disse.

Por isso, o Governo fez aplicar a lei sobre prevenção de fogos, sobretudo durante o inverno, e reforçou todo o sistema para melhorar as intervenções no combate aos fogos, impedindo-os nomeadamente de atingirem grandes proporções.

António Costa salientou que, para este ano, o Governo reservou 360 milhões de euros para ações de prevenção, vigilância e combate a incêndios, dos quais cerca de 158 milhões de euros são para prevenção, começando no dia 25 a campanha de informação e alerta, designada «Portugal chama!».

A AGIF, com sede na Lousã, irá dispor de 18 funcionários, distribuídos por outras tantas comunidades intermunicipais do Continente, que constituem a rede principal do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais.

Investimento empresarial

Durante a tarde, o Primeiro-Ministro inaugurou uma nova instalação fabril de uma empresa de material elétrico da Lousã (a Efapel), tendo afirmado que «é um excelente exemplo de que não há nenhuma fatalidade do interior», pois trata-se de uma empresa exportadora e inovadora

António Costa disse que é muito motivador verificar os sucessos empresariais no Pinhal Interior, «uma zona particularmente difícil» para atrair investimentos e criar emprego, para fixar população nos territórios de baixa densidade demográfica, para o que «as medidas de discriminação positiva são essenciais».

«Não é por acaso que estamos a investir» nas linhas ferroviárias da Beira Baixa e da Beira Alta, no IP3, modernizando e tornando mais segura a ligação rodoviária entre Coimbra e Viseu, obras que refletem a importância que o Governo dá à revitalização do interior.

O Primeiro-Ministro referiu ainda a recente reprogramação dos fundos europeus do Portugal 2020 contemplando o financiamento das primeiras fases do projeto do Sistema de Mobilidade do Mondego, para instalar uma rede de autocarros elétricos no antigo ramal ferroviário da Lousã e cidade de Coimbra.

António Costa assinalou ainda que até novembro de 2018 o Portugal 2020 financiou 7,4 mil milhões de euros de projetos na região centro. 

A Efapel tem quase 400 trabalhadores, sendo uma das mais importantes da região, e tendo a nova fábrica representado um investimento superior a 8,6 milhões de euros, com um financiamento da União Europeia de cerca de quatro milhões de euros.

A empresa situa-se em Serpins, onde termina o ramal ferroviário da Lousã, que durante mais de 100 anos, até 2010, permitiu a ligação por comboio entre os municípios de Coimbra e Lousã, passando por Miranda do Corvo.