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2018-12-20 às 11h26

Primeiro-Ministro preside à assinatura de contratos de investimento de 400 milhões

Primeiro-Ministro António Costa cumprimenta os empresários que assinaram contratos de investimento no valor de 400 milhões de euros, Lisboa, 20 dezembro 2018 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa presidiu à assinatura de cinco contratos de investimento no valor de 400,5 milhões de euros, que vão criar 315 empregos, dos quais mais de 50 altamente qualificados, numa cerimónia realizada em Lisboa.

É «essencial que este ciclo de investimento se prolongue», sendo, para isso necessário que, num quadro de incerteza europeia e internacional, «Portugal continue a ser um espaço de certeza», «um porto de abrigo», onde as empresas continuem a ter «confiança para investir», disse.

Afirmando a sua satisfação com o nível de investimento captado por Portugal, o Primeiro-Ministro referiu nomeadamente a diversificação das suas origens, desde a Coreia, do Canadá e de Espanha até à Alemanha e à França, dois países cujo investimento tem crescido significativamente ao longo dos últimos anos.

António Costa disse também que «é bom que ao longo dos últimos anos tenhamos sempre batido bons recordes de atração de investimento», não só de investimento estrangeiro, como também de investimento nacional, que tem sido «assente sobretudo no investimento empresarial».

«São conhecidos os condicionamentos do investimento público, que seguramente se manterão durante alguns anos, e o investimento privado será a base do nosso crescimento e do investimento», afirmou.

Este investimento mostra que «aquilo que faz a diferença nesta economia global não é seguramente o valor do salário», mas antes do produto e do serviço prestado, nos quais Portugal tem tido um percurso positivo.

1000 milhões em 2018

O Primeiro-Ministro sublinhou o desempenho da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que em 2018 assinou 49 contratos de investimento, no valor de 1 000 milhões de euros. Este foi o maior número de contratos num ano, na última década.

Elogiando o trabalho feito pela AICEP, António Costa assinalou que com as intenções de investimento «de mais de 2 500 milhões de euros em apreciação, estou certo que com bom trabalho» poderá ser possível bater o recorde em 2019.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, salientou que 2019 «será um ano marcado por incertezas, quer no quadro europeu, quer no internacional», mas que em relação a Portugal «não há nenhuma incerteza», havendo estabilidade e confiança.

O facto de empresas de uma grande diversidade de setores e origens investirem em Portugal é «um sinal de que merecemos a sua confiança», disse.

O Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, referiu que o significativo investimento privado dos últimos anos cria as bases da sustentabilidade futura do processo de desenvolvimento do País.

Contratos

O contrato com a Font Salem Portugal, empresa do grupo espanhol Damm, prevê o investimento de 40,1 milhões de euros na fábrica cervejeira em Santarém, criando 51 postos de trabalho. 

O contrato com a Hanon Systems Portugal, que pertence a um grupo com sede na Coreia do Sul, prevê o investimento de 48,3 milhões de euros, que criará 40 postos de trabalho numa nova fábrica do setor de componentes para a indústria automóvel, produzindo compressores para sistemas de ar condicionado automóvel.

O contrato com a Sociedade Mineira de Neves-Corvo (Somincor) prevê o investimento de 256 milhões de euros e a criação de 38 empregos, para aumentar a produção do zinco nas áreas mineiras de Corvo, Graça, Neves e Lombador, sendo ainda determinante para a longevidade e rentabilidade da mina de Neves-Corvo.

O contrato com a STE Exploração de Plásticos, empresa do grupo francês Steep Plastique, prevê o investimento de 10,1 milhões de euros e a criação de 27 empregos na criação de uma nova fábrica de peças e componentes em plástico para a indústria automóvel em Viana do Castelo.

O contrato com a TMG Automotive, do grupo Têxtil Manuel Gonçalves, prevê o investimento 46 milhões de euros e a criação de 159 empregos numa segunda fábrica para a produção de tecidos plastificados para a indústria automóvel em PVC.