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2018-10-24 às 17h03

Portugal vai ter estratégia nacional para inteligência artificial

Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, na apresentação dos projetos de investigação, Lisboa, 24 outubro 2018
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que Portugal vai ter uma estratégia nacional para a utilização da inteligência artificial até ao final do ano.
 
Em Lisboa, na apresentação dos projetos apoiados com quatro milhões de euros no âmbito do Programa Nacional para as Competências Digitais (INCoDe), que tem 2030 como meta, o Ministro destacou que serão usados como modelo projetos em que instituições científicas tratarão dados da administração pública e do Estado.
 
Os projetos em questão, em dados como a incidência de doenças ou o número de acidentes rodoviários, vão permitir um tratamento que ajuda a montar uma estratégia nacional e garantir a ética e proteção de privacidade, e «o bem público que está no ADN da administração pública».
 
«Estes temas podem ser mal usados, como mostram os crimes de cibersegurança, as falsas notícias ou as alterações de eleições», disse Manuel Heitor.
 
Entre os projetos apoiados, inclui-se um sistema de deteção precoce de avarias que vai ser testado no Metro do Porto, em que se pretende que as carruagens não tenham de ser retiradas de circulação tantas vezes por causa de avarias que se agravam.
 
40% dos projetos na área com «maior impacto na vida das pessoas»
 
A Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, destacou que 40% dos projetos em questão são da área da saúde, a área que tem o «maior impacto na vida das pessoas».
 
Neste setor, foram contemplados projetos em que a informação estatística dos serviços do ministério da Saúde pode ser tratada com inteligência artificial para prever tendências e daí partir para ordenar os casos por prioridade, como em modelos de previsão de complicações pós-operatórias para doentes de cancro.
 
Um outro projeto visa criar uma aplicação para telemóvel em que os dermatologistas possam tirar fotografias com qualidade de lesões na pele para facilitar no diagnóstico precoce do cancro da pele.