«Portugal tem uma história muito rica e muito forte de participação em missões das Nações Unidas», afirmou o Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, durante o V Encontro Nacional de Estudantes de Ciência Política.
O Ministro acrescentou que Portugal pode orgulhar-se de «já ter envolvido mais de 11 mil militares em missões das Nações Unidas».
Só em 2017, todos os dias, o País teve destacados, em média, 565 militares em missões internacionais. Já em 2018, vão ser projetados militares em 20 missões além-fronteiras, pelo que «nunca houve um naipe tão alargado de Forças Nacionais Destacadas».
Em relação às missões atuais, Azeredo Lopes explicou que «estamos empenhados em duas missões típicas de peacekeeping como o Mali e a República Centro-Africana, e em duas mais políticas no Afeganistão e na Colômbia».
A missão das Nações Unidas na Colômbia é um «processo pouco visível – gostaria que fosse mais – porque estamos na eminência de poder resolver um conflito larvar brutal durante décadas num país do continente americano».
Relativamente à participação na Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana, onde se encontra o maior contingente português, o Ministro destacou que a presença dos 160 militares tem tido «um efeito indutor de acalmia», que a imprensa da capital do país, Bangui, tem sublinhado.
As Forças Armadas Portuguesas contribuíram e contribuem atualmente «em 15 missões em 4 continentes: da Colômbia ao Líbano, do Afeganistão a Timor, de Moçambique aos Balcãs, à Somália, sem deixar de lado a República Centro-Africana, onde o Exército e a Força Aérea têm desempenhado um papel absolutamente determinante na estabilização do país», disse.
O Ministro destacou ainda dois compromissos assumidos por Portugal: a representação mais forte de mulheres nas missões internacionais atingindo os 20%; e a tolerância zero com a violência e os abusos sexuais de mulheres e crianças, enunciados nos Princípios de Kigali e nos Princípios de Vancouver .