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2018-07-16 às 14h03

Portugal tem «expectativas muito positivas» para a cimeira da CPLP

Ministro dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, e Secretária de Estado Teresa Ribeiro, no Conselho de Ministros da CPLP, Sal, Cabo Verde, 16 julho 2018 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)
Portugal tem «expectativas muito positivas» quanto à cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que se realiza a 17 e 18 de julho, na ilha do Sal, em Cabo Verde, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, numa declaração antes do início do Conselho de Ministros da CPLP.

Este Conselho de Ministros antecede a XII conferência de chefes de Estado e de Governo, na qual representam Portugal, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Primeiro-Ministro António Costa.

O Ministro sublinhou a importância desta cimeira, referindo que «há muitos anos» que a representação política «não era de tão alto nível» numa cimeira lusófona: todos os países, com exceção de Timor-Leste, estarão representados pelos respetivos Presidentes ou Chefes de Governo. 

«Vão encontrar-se aqui amigos, numa altura em que em todos os processos políticos prosseguem no respeito pelos valores constitutivos da CPLP», disse, acrescentando que «há países que vêm de eleições, que decorreram bem; há países que vão para eleições, que decorrerão também bem».

Santos Silva sublinhou ainda que «todos os países estão empenhados na CPLP, empenhados na influência positiva nos respetivos espaços de pertença».

Importância político-diplomática

A importância da comunidade foi visível, por exemplo, «apoio claro, firme e evidente desde a primeira hora» para a eleição recente de António Vitorino para a chefia da Organização Internacional das Migrações.

«Se olharmos para o pilar da concertação político-diplomática, o que tenho a dizer como Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, é salientar o quão importante foi o apoio dos países africanos de língua portuguesa e de Timor-Leste para a eleição de António Vitorino como diretor-geral da Organização Internacional das Migrações, uma das últimas grandes vitórias da diplomacia portuguesa», acrescentou.

Santos Silva referiu também o pilar da cooperação, afirmando que os países da comunidade têm «um quadro de cooperação multilateral, designadamente em torno da promoção do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável ligado aos Oceanos muito, muito importante». 

A nível da língua, o Instituto Internacional da Língua Portuguesa «continua a fazer um trabalho muito relevante em matéria de harmonização das terminologias técnicas e científicas, de publicação dos vocabulários ortográficos das diferentes variantes do português, de apoio aos professores de português que ensinam português como língua estrangeira nos países fora da CPLP», afirmou o Ministro. 

Circulação e mobilidade

No Conselho de Ministros da CPLP, os chefes da diplomacia dos nove Estados lusófonos farão «uma avaliação cuidada dos progressos que foi possível fazer desde 2016 quanto ao tema da circulação e da mobilidade na CPLP», disse Santos Silva, acrescentando que «certamente os Chefes de Estado e de Governo darão orientações claras para a prossecução desse trabalho».

Recorde-se que Portugal e Cabo Verde apresentaram, no ano passado, uma proposta para facilitar a mobilidade no espaço lusófono, que pressupõe que qualquer cidadão possa residir ou trabalhar em qualquer país da CPLP.

A cimeira marca o início da presidência rotativa da CPLP por Cabo Verde, «que tem um programa muito claro, subordinado a um mote simples e apelativo: a atenção às pessoas, à cultura e aos oceanos», disse o Ministro.