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2019-06-05 às 20h19

Portugal tem de ter economia «capaz de repor e sustentar» o necessário

Ministros Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, na apresentação de uma linha de crédito para a descarbonização no valor de 100 milhões, Lisboa, 5 junho 2019 (Foto: João Bica)
O Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, afirmou que Portugal «tem de passar para uma economia que seja capaz de repor e sustentar aquilo que é necessário para a sobrevivência das espécies».
 
Em Lisboa, na apresentação de uma linha de crédito para a descarbonização no valor de 100 milhões de euros, o Ministro referiu que a descarbonização é um desafio e que as empresas serão sujeitas a «um esforço de adaptação».
 
O Ministro acrescentou que nos próximos anos se espera um grande esforço de inovação e investimento das empresas portuguesas, sublinhando que «as entidades públicas não se podem desvincular de criar as condições adequadas» para que haja uma adaptação a uma economia neutra em carbono.
 
Também presente na apresentação, o Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, destacou que os desafios globais e transversais como as alterações climáticas não dizem respeito a apenas uma área de governação.
 
«A economia tem de ser desenhada de modo a garantir as bases da estabilidade social», disse, afirmando que «as empresas começam a perceber que a mudança está a chegar, se calhar mais cedo do que pensavam há quatro anos».
 
A aposta na descarbonização e economia circular vai representar um investimento de um bilião de euros até 2050 e, no mínimo, «85% deste investimento será de privados».
 
Linha para a descarbonização
 
A linha de crédito de 100 milhões de euros para a descarbonização e economia circular é dirigida às Pequenas e Médias Empresas industriais e ao setor do Turismo e visa facilitar a transição de fontes de energia fósseis para energias renováveis, contribuindo assim para cumprir as metas definidas no Plano Nacional Integrado de Energia e Clima (PNEC).
 
A criação desta linha de crédito tem também como objetivo acelerar o processo de mudança para uma economia circular, criando oportunidades desde o redesenho de processos, produtos e novos modelos de negócio até à otimização da utilização de recursos, de acordo com o definido pelo Plano Nacional de Ação para a Economia Circular (PAEC) e pelo Plano Europeu para a Economia Circular.
 
Este novo instrumento financeiro vai ser operacionalizado por 10 bancos, nomeadamente o Bankinter, BPI, Caixa Central do Crédito Agrícola, Caixa Económica do Montepio Geral, Caixa Geral de Depósitos, Euro BIC, Millennium BCP, Novo Banco Açores, Novo Banco e Santander Totta.
 
A linha de crédito, lançada no âmbito do Programa Interface, representa uma melhoria das condições de financiamento e da tipologia de operações abrangidas, com o apoio público a passar pelo sistema de garantia mútua nacional e, também, pela bonificação das taxas de juro associadas a cada operação.