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2019-04-08 às 17h54

Portugal quer duplicar financiamento na investigação e inovação após 2020

Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, na ERC Summit, Braga, 8 abril 2019
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que «Portugal tem uma estratégia para duplicar para a próxima década a participação e atração de financiamento».

Em Braga, na ERC Summit 2019, da Agência Executiva do Conselho Europeu de Investigação, o Ministro salientou que Portugal tem atraído 1,65% do orçamento europeu mas referiu o objetivo de chegar aos 2%. «Se olharmos para o período atual, para o Horizonte 2020, devemos atrair cerca de mil milhões de euros e queremos, no período seguinte atrair dois mil milhões de euros», acrescentou.

O plano de duplicar a meta de financiamento no próximo programa-quadro europeu de investigação e inovação – Horizonte Europa de 2021-2027) está dependente do envolvimento ativo de empresas, da sofisticação crescente e da capacidade empresarial portuguesa.

«É preciso ter recipientes, nomeadamente uma atividade empresarial sofisticada, e isso faz-se com emprego. Por isso, a relação entre a ciência e o emprego é crítica para a construção do projeto europeu», disse.

Financiamento anual de 250 milhões de euros

Depois de atrair 174 milhões de euros de financiamento europeu em 2018, Portugal prevê atrair cerca de 250 milhões de euros de financiamento por ano a partir de 2020. «Por isso estamos a trabalhar não só com Espanha, mas com outros países. Porque para atrair mais financiamento europeu e para termos na Europa mais presença portuguesa, temos de criar consórcios com todos os países, e temos também de ter empresas», afirmou.

Manuel Heitor sublinhou a convicção que a ciência «ajuda a criar mais empregos» e consegue «criar mais riqueza» ao colaborar com as empresas, potenciando o investimento no setor.

Portugal tem a meta de alcançar os 3% da despesa do PIB em investigação e desenvolvimento até 2030, o que implica «duplicar a despesa pública e multiplicar por quatro a despesa privada». «Por outras palavras, isto quer dizer que há cerca de dois mil novos empregos qualificados nas empresas, e por isso é que esta relação entre as empresas e a comunidade científica é tão importante», referiu.

O Ministro acrescentou que «a colaboração empresa/universidade e universidade/empresa é cada vez mais crítica para o desenvolvimento económico».