O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «a revitalização do Observatório de Investimentos» Portugal-Marrocos «contribuirá não apenas para aprofundar as relações atuais mas também para criar novas oportunidades de parceria entre empresas».
O Primeiro-Ministro discursava na abertura do fórum empresarial que acompanhou a Cimeira Luso-Marroquina, em Rabate, no qual interveio também o Primeiro-Ministro de Marrocos, Saadeddine El Othmani.
O Primeiro-Ministro português destacou que esta 13.ª Cimeira «permitiu-nos dar um impulso político à cooperação existente e projetar para o futuro esta parceria entre dois vizinhos e dois amigos».
António Costa referiu que a partir da assinatura do Tratado de Boa Vizinhança, Amizade e Cooperação de 1994, «construímos um quadro jurídico sólido para as nossas relações e estabelecemos relações de confiança».
Os negócios seguiram as relações políticas e «Portugal e Marrocos tornaram-se parceiros económicos e comerciais muito importantes» com o montante anual das trocas a atingir quase mil milhões de euros.
O Primeiro-Ministro referiu que investimento português em Marrocos aumenta e «pelo nosso lado, desejamos ver aumentar o investimento marroquino em Portugal», apontando oportunidades na energia, no automóvel, no ambiente, nas obras públicas, no turismo, nas tecnologias de informação e comunicação, no têxtil - «cabe-vos aproveitá-las», disse.
Colaboração estratégica para África
O Primeiro-Ministro afirmou que Portugal está «muito consciente do papel de primeiro plano que Marrocos desempenha em África», «graças à ação esclarecida de Sua Magestade Mohammed IV».
Devido aos seus interesses estratégicos comuns, «Portugal e Marrocos podem colaborar conjuntamente no desenvolvimento sustentável da África, onde se joga uma parte muito importante do nosso futuro», disse.
António Costa afirmou que «estamos em condições de desenvolver a cooperação triangular em África, e que as nossas empresas terão muito a ganhar em trabalhar em conjunto».
Recordou ainda que Portugal sempre apoiou a aproximação entre Marrocos e a União Europeia, tendo nomeadamente apoiado a conclusão do acordo de comércio livre.
«Portugal trabalha para a aproximação entre Marrocos e a Europa e quer trabalhar para aproximar a Europa da África», acrescentou.