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2018-09-12 às 15h55

Portugal e Alemanha debatem resposta europeia à crise dos refugiados

Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e Ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer, antes da reunião, Berlim, 12 setembro 2018
O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou que a reunião com o seu homólogo alemão, Horst Seehofer, em Berlim foi centrada no debate de três planos muito importantes relativos às políticas das migrações.

«Primeiro, a cooperação bilateral Portugal-Alemanha em matéria de migrações e de acompanhamento das questões dos refugiados, a propósito da assinatura do primeiro acordo entre a Alemanha e outro estado europeu sobre as chamadas retomas a cargo», começou por dizer Eduardo Cabrita.

O Ministro referiu que foi também debatido o quadro geral europeu e a necessidade de a União Europeia ter «uma solução permanente estável que assente nos princípios europeus e nas regras da partilha da solidariedade e da responsabilidade entre todos os estados europeus, no tratamento da questão das migrações».

O terceiro e derradeiro plano está relacionado com «a cooperação com países terceiros», acrescentou.

Portugal «vai precisar de migrantes»

Eduardo Cabrita afirmou também que «Portugal tem estado em todos os programas europeus de resposta» à crise das migrações e sublinhou que o País «assume que vai precisar de migrantes nas próximas décadas».

«Temos de o fazer de uma forma organizada e ordenada, porque os migrantes são um elemento positivo para a economia europeia. É necessário combater o tráfico de seres humanos, combater a insegurança, ter uma política comum de fronteiras, mas também uma política comum de migrações», destacou o Ministro.

O encerramento de fronteiras em Portugal, no seguimento da proposta do Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, de reforçar a proteção das fronteiras exteriores da União Europeia, não é uma possibilidade equacionada por Eduardo Cabrita.

«Temos centenas de efetivos das forças de segurança e das forças armadas na Grécia, em Itália, na Bulgária, na Roménia, em Espanha. Defendemos fronteiras seguras para que não haja tráfico de seres humanos e isso não é contraditório com uma resposta solidária», disse.

«Em Berlim sabemos bem o que custou à Europa ser divida por muros. Não podemos reerguer novos muros. Queremos uma Europa de liberdade de circulação, uma Europa que tenha regras comuns na relação com os países vizinhos», acrescentou.