Saltar para conteúdo
Histórico XXI Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2017-12-12 às 20h03

«Portugal deve distinguir-se pela lealdade ao projeto europeu», mas também pelo valor que lhe acrescenta

Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva
«Portugal deve assumir-se como um em 28 Estados-membros da União Europeia e distinguir-se pela lealdade ao projeto europeu, mas também pelo valor que acrescenta ao projeto europeu, na medida em que é uma boa ponte de ligação com a África e a América Latina», disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Estas declarações foram feitas à agência Lusa, à margem do encerramento do ciclo de conferências «Europa – presente e futuro», em Lisboa, em que participou com uma intervenção subordinada ao tema «O que significa participar ativamente no debate europeu?».

«Está ultrapassado o tempo em que o País mostrou ser um bom aluno, quando se associou ao núcleo duro - em termos de políticas europeias - incluindo nos processos de adesão de novos Estados», disse o Ministro, acrescentando: «Esse tempo, que foi muito importante, já passou. Agora, somos todos alunos uns dos outros».

Participação ativa é frutuosa

Santos Silva sublinhou que uma participação ativa na União Europeia «é necessária e produz frutos», referindo a União Económica e Monetária, a política de acolhimento de refugiados e migrações, e a cooperação estruturada permanente na Segurança e Defesa como os três principais exemplos que sustentam esse objetivo.

«A saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) significa uma perda para a Europa, uma perda da dimensão atlântica da Europa, e Portugal, juntamente com outros países atlânticos e de tradição atlântica, tem uma responsabilidade adicional para colmatar essa perda», realçou também o Ministro.

Em termos de polícia económica e monetária, e após uma referência à eleição do Ministro das Finanças para a liderança do Eurogrupo, Santos Silva referiu: «Temos que nos preparar para os próximos choques assimétricos e, de novo, surge a necessidade de Portugal participar ativamente nestas áreas».

«A Europa reposiciona o seu lugar no mundo, tem responsabilidades adicionais», o que implica «mais responsabilidades à sua liderança em algumas agendas mundiais cruciais», concluiu.