«Este acordo é uma manifestação da importância que atribuímos à relação com a Costa do Marfim no domínio da defesa», afirmou o Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, que sublinhou o facto de ser o primeiro acordo assinado com um país não lusófono e que também não é membro da NATO.
João Gomes Cravinho recebeu o seu homólogo da República da Costa do Marfim, Hamed Bakayoko, no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, onde decorreu uma reunião bilateral e a assinatura de um acordo de cooperação no domínio da defesa.
«A nossa expectativa é que a partir deste momento histórico haja uma interação forte, particularmente no domínio marítimo», disse o Ministro acrescentando que o documento compromete as partes «a fazer consultas a nível político-institucional» e permite 'toda uma vasta gama de interações» com a Costa do Marfim.
O Ministro de Estado e da Defesa marfinense, Hamed Bakayolo, afirmou que o seu país tem interesse «em aproveitar a experiência de Portugal, que ultrapassou grandes desafios em matéria de segurança marítima e hoje é uma referência no mundo em matéria de vigilância do Atlântico».
A relação de cooperação entre Portugal e a Costa do Marfim prevê, por exemplo, a possibilidade de receber efetivos da Marinha costa-marfinense «para formação em Portugal» e pode ainda materializar-se «na aquisição de material militar e no acompanhamento em matéria de aquisição de navios», sublinhou o Ministro marfinense.
Antes da assinatura do acordo Hamed Bakayolo visitou a Arsenal do Alfeite e o Navio Patrulha Oceânico Figueira da Foz, tendo posteriormente visitado o Instituto Hidrográfico.