Pela primeira vez depois de uma atualização do Salário Mínimo Nacional (SMN), não se registou no ano seguinte ao aumento um crescimento homólogo da percentagem de trabalhadores abrangidos.
Ainda que o número de trabalhadores abrangidos pelo SMN tenha aumentado para cerca de 764,2 mil em março de 2018, a percentagem de trabalhadores abrangidos foi de 22,9% em março deste ano, sem alteração face ao mesmo mês de 2017.
Entre os jovens, a incidência do SMN baixou de 30,6% em março de 2017 para 30,0% em março de 2018, com tendência idêntica no segmento dos trabalhadores dos 25 aos 29 anos, onde a incidência do SMN passou de 24,0% para 23,6%.
A percentagem de trabalhadores abrangidos pelo SMN aumentou apenas ligeiramente nos adultos, que representam cerca de 82% dos trabalhadores com remuneração declarada, passando de 22,1% em março de 2017 para 22,2% em março de 2018, conclui o relatório.
Olhando para as trajetórias salariais dos trabalhadores que se mantiveram empregados entre outubro de 2016 e outubro de 2017, conclui-se que foram registados aumentos salariais nominais próximos dos 4% que sobem para quase 8% no caso dos trabalhadores que mudaram de posto de trabalho.
Para os trabalhadores com remuneração acima do SMN em vigor em 2017, os aumentos salariais ultrapassaram os 3% em termos nominais, o que sugere um crescente dinamismo ao longo de toda a tabela salarial.
Já a variação salarial dos trabalhadores que permaneceram no mesmo posto de trabalho entre outubro de 2016 e outubro de 2017 mostra aumentos em todos os escalões de remuneração, mas com especial incidência nos escalões mais baixos: na ordem dos 6% nos escalões de remuneração mais baixos, entre os 530 e os 600 euros; superiores a 3% nos escalões intermédios, dos 600 aos 1800 euros e; mais moderados nos escalões melhor remunerados, acima dos 2% no escalão dos 1800 aos 2500 euros e acima de 1% no escalão acima dos 2500 euros.