Saltar para conteúdo
Histórico XXI Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2018-07-24 às 17h15

Percentagem de trabalhadores abrangidos pelo salário mínimo manteve-se apesar do aumento para 580 euros

Pela primeira vez depois de uma atualização do Salário Mínimo Nacional (SMN), não se registou no ano seguinte ao aumento um crescimento homólogo da percentagem de trabalhadores abrangidos.

Ainda que o número de trabalhadores abrangidos pelo SMN tenha aumentado para cerca de 764,2 mil em março de 2018, a percentagem de trabalhadores abrangidos foi de 22,9% em março deste ano, sem alteração face ao mesmo mês de 2017.

Esta é uma das conclusões do 9.º Relatório de Acompanhamento do Acordo sobre a Retribuição Mínima Mensal Garantida, relativo ao 1.º trimestre de 2018 (também disponível em anexo), apresentado pelo Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, aos parceiros sociais.

Entre os jovens, a incidência do SMN baixou de 30,6% em março de 2017 para 30,0% em março de 2018, com tendência idêntica no segmento dos trabalhadores dos 25 aos 29 anos, onde a incidência do SMN passou de 24,0% para 23,6%.

A percentagem de trabalhadores abrangidos pelo SMN aumentou apenas ligeiramente nos adultos, que representam cerca de 82% dos trabalhadores com remuneração declarada, passando de 22,1% em março de 2017 para 22,2% em março de 2018, conclui o relatório.

Olhando para as trajetórias salariais dos trabalhadores que se mantiveram empregados entre outubro de 2016 e outubro de 2017, conclui-se que foram registados aumentos salariais nominais próximos dos 4% que sobem para quase 8% no caso dos trabalhadores que mudaram de posto de trabalho.

Para os trabalhadores com remuneração acima do SMN em vigor em 2017, os aumentos salariais ultrapassaram os 3% em termos nominais, o que sugere um crescente dinamismo ao longo de toda a tabela salarial.

Já a variação salarial dos trabalhadores que permaneceram no mesmo posto de trabalho entre outubro de 2016 e outubro de 2017 mostra aumentos em todos os escalões de remuneração, mas com especial incidência nos escalões mais baixos: na ordem dos 6% nos escalões de remuneração mais baixos, entre os 530 e os 600 euros; superiores a 3% nos escalões intermédios, dos 600 aos 1800 euros e; mais moderados nos escalões melhor remunerados, acima dos 2% no escalão dos 1800 aos 2500 euros e acima de 1% no escalão acima dos 2500 euros.