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2019-07-03 às 17h28

Mudanças de cultura e educação são necessárias para responder aos desafios da sociedade digital

Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda
«Esta [a era digital] é a primeira revolução que acaba com a geografia e as fronteiras e que nos confere, por isso, oportunidades menos condicionadas», afirmou o Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, no encerramento da conferência «Qualificar as PME para Economia Digital», em Porto.

Alertando que «precisamos de migrar de cultura e de educação», o Secretário de Estado sublinhou que «a sociedade digital precisa de inovação, criatividade, partilha e trabalho colaborativo».

«O projeto Norte Digital pode, por isso, desempenhar um importante papel em ajudar a apoiar as PME na sua habilitação para maior competitividade no mercado global», acrescentou Souto de Miranda. 

Através deste Projeto, as 50 PME que irão integrar os e-marketplaces internacionais e plataformas agregadoras terão oportunidades de qualificação e serão polos indutores dela. 

Desafios das PME na sociedade digital 

Em primeiro lugar, «quem não está na Internet não existe», afirmou o Secretário de Estado, referindo – em segundo lugar – que «não basta ter um endereço electrónico e um site», ou seja, «a empresa tem de digitalizar [igualmente] os seus processos produtivos».

Em terceiro lugar, «as empresas têm de digitalizar os seus processos de publicidade e marketing porque a própria venda se pode digitalizar ato contínuo», acrescentou Souto de Miranda, afirmando em quarto lugar a necessidade que «as empresas têm de digitalizar a sua organização administrativa interna porque a racionalização dos processos induz ganhos de produtividade». 

Em quinto lugar, «as empresas têm de repensar as suas cadeias de distribuição e entrega» já que «o comércio eletrónico continua a necessitar de redes de distribuição», disse o Secretário de Estado. 

Em sexto lugar, «as empresas já dispõem de plataformas digitais de acesso a crédito e financiamento que pode não passar pela banca tradicional», afirmou Souto de Miranda, exemplificando com a emergência das fintech e bitcoin.

Em sétimo lugar, «as empresas vão investir muito mais no conhecimento dos seus potenciais clientes», lembrou o Secretário de Estado, acrescentando - em oitavo lugar – que «as empresas vão ter de investir na Investigação e Desenvolvimento (I&D)» muitas vezes pela associação a redes de conhecimento.

Em nono lugar, «a formação e a qualificação dos trabalhadores em competência digitais básicas ou mais avançadas, consoante as funções e as características da empresa», afirmou Souto de Miranda. 

Em décimo lugar, as empresas deverão pedir ao Governo que as incentive e mantenha um quadro regulatório claro e que inspire confiança», ou seja, «a simplificação de processos com a Administração Pública deve prosseguir», acrescentou. 

Políticas públicas para a transição digital 

«Estes desafios das empresas encontram correlação em alguns instrumentos de políticas públicas associadas à digitalização da sociedade», afirmou ainda o Secretário de Estado. 

Souto de Miranda exemplificou a Iniciativa Nacional Competência Digitais e.2030 (Portugal INCoDe.2030) e as normas europeias relativas à promoção do mercado único digital. 

«Igualmente importantes são a promoção da certificação de normas para os ‘cloud providers’, as redes de apoio às start-ups e o apoio à inovação, redes de investigação e desenvolvimento europeias», acrescentou o Secretário de Estado.

E concluiu, referindo a computação de alto desempenho, «com sete centros europeus selecionados» em todo o País.