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2019-05-27 às 21h08

Mobilidade académica é «a melhor forma de fazer cidadania comum»

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que a Programa da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, designado Paulo Freire, é «a melhor forma de fazer cidadania comum». 

Durante a apresentação do Programa, em Lisboa - que atribui 21 bolsas a estudantes dos países africanos de língua oficial portuguesa - Augusto Santos Silva referiu o «quão é interessante, útil e oportuno esta extensão do programa Paulo Freire» pois que permite «sedimentar a cooperação».

«Esta mobilidade académica significa capacitação da juventude, mas significa também que países e instituições beneficiem de sangue fresco e da vibração característica da juventude académica», disse ainda.

Para o Ministro, não há «nada melhor do que cimentar estes laços de cooperação através das pessoas e do trabalho conjunto de que beneficiam as pessoas».

Ensino bilingue de português e espanhol

Numa altura em que o universo de estudantes no ensino superior no espaço ibero-americano chega aos 30 milhões, Augusto Santos Silva destacou também a importância da aprendizagem das línguas portuguesa e a espanhola.

«O universo ibero-americano é bilingue, línguas portuguesa e espanhola. São duas línguas caracterizadoras desse universo. Daí resultam obrigações para todos os seus Estados-membros, uma delas é cada um assegurar no seu sistema de ensino a outra língua curricular a ensinar» disse ainda.

O Ministro referiu também o projeto Escolas Bilingues, que está a ser trabalhado em regiões de fronteira entre Espanha e Portugal, assim como entre Brasil e os países vizinhos de língua espanhola, nomeadamente Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Colômbia e Peru.

Para Augusto Santos Silva «esta aproximação às duas línguas significa um universo de muitas centenas de milhões de pessoas que está em franco crescimento e que tem uma demografia muito dinâmica» e o Programa Paulo Freire - PALOP, agora apresentado, «permite sedimentar a cooperação entre as duas organizações a nível das pessoas», em especial «da juventude».

«A promoção das nossas línguas passa crucialmente pela capacitação dos nossos países no ensino», disse, acrescentando que, através deste programa, se prepara «melhor jovens para serem futuros docentes».

O programa de mobilidade académica direcionado para os PALOP permite que estudantes do Instituto Superior de Educação de Huíla, de Angola, da Universidade de Cabo Verde, da Escola Nacional Superior Tcho Tê, da Guiné-Bissau, da Universidade Pedagógica de Moçambique e da Universidade de São Tomé e Príncipe possam estudar em Portugal em cursos para alcançarem a docência.

Os estudantes frequentam um semestre em regime de mobilidade nas universidades de Lisboa (Instituto da Educação e Faculdade de Letras), do Porto, do Minho, de Aveiro e nos institutos politécnicos de Bragança, Leiria e Beja.