O Primeiro-Ministro António Costa e o Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, visitaram a exposição presente na Universidade do Minho dedicada ao Soldado do Futuro, um dos sete projetos estruturantes da Lei de Programação Militar, que conjuga a experiência operacional do Exército, o conhecimento científico e a tecnologia portuguesa, potenciando a economia e o emprego qualificado.
«Este é um exemplo de que se pode fazer uma aliança entre as necessidades de proteção dos nossos soldados, que vão muitas vezes para ambientes adversos e precisam de ter toda a proteção possível, havendo aqui uma aliança entre o sistema nacional de investigação e uma capacidade empresarial inovadora também, é um círculo virtuoso», salientou João Gomes Cravinho sobre o fardamento e o equipamento de proteção individual, produzidos exclusivamente por empresas nacionais.
O Ministro referiu que este triângulo virtuoso vai «permitir capacitar os soldados portugueses, desenvolver novas aplicações, criar novas possibilidades de exportação e novas possibilidades destes materiais para fins civis», nomeadamente «pela indústria automóvel das blindagens que estão a ser desenvolvidas, materiais muito mais leves para os Pandur, mas que podem vir a ser incorporadas em materiais civis».
Os novos fardamentos, que estão já a ser usados pela Força Nacional que se encontra no Iraque desde o início de novembro, «foram desenvolvidos primeiro em ambiente de laboratório, testados pelos comandos, paraquedistas, forças com maior grau de exigência, e agora o terceiro e último momento, na prática, no terreno, no Iraque».
A Defesa Nacional, o Exército, a Academia e a Indústria nacional uniram-se para melhorar a proteção dos soldados e a eficácia da sua missão, o que vai ao encontro da aposta no fator humano como diretriz política de defesa nacional. Estes equipamentos iniciarão a fase de produção em larga escala em 2019, sendo estimada a sua distribuição em 2020.