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O Ministro da Defesa Nacional,
José Alberto Azeredo Lopes, afirmou que é preciso reforçar a presença das
Forças Armadas na Madeira e nos Açores.
«Tenho esperança que possamos
reforçar o investimento para ampliar a presença das Forças Armadas nos
arquipélagos», disse o Ministro, em declarações aos jornalistas, num workshop
sobre Segurança Marítima, no Porto.
Azeredo Lopes acrescentou: «Evidentemente, esse reforço de meios
implica um reforço financeiro».
Motivos
«Os arquipélagos são parte integrante do território nacional, o
que significa que têm os mesmos direitos e expectativas que aqueles que habitam
em território continental», sublinhou o Ministro.
Azeredo Lopes referiu ainda que «a dimensão da insularidade leva a
que se justifique um cuidado muito particular nos meios de transporte, de
salvamento, que está muito a cargo da Força Aérea, mas onde também a Marinha
pode ter um papel a desempenhar».
«A relação com o Atlântico, que tem a ver com o peso cada vez
maior que a Defesa tem, em particular as relações transatlânticas, é outra
dimensão que justifica o reforço de meios», disse o Ministro.
Centro de Segurança Atlântica
Azeredo Lopes referiu também que
«este reforço está associado ao projeto de criar um Centro de Segurança
Atlântica nos Açores, um projeto inovador que espero ter concluído a médio
prazo, e que resultou de uma declaração de apoio dos Estados Unidos da
América». «Tudo isso tem de ser articulado de forma coerente».
«Portugal considera que chegou a
altura de apresentar novas ideias para valorizar aquele que é, de facto, um
enorme ativo para a segurança atlântica», afirmou o Ministro, na reunião que
teve com o Secretário da Defesa norte-americana, James Mattis, no dia 12 de
setembro, em Washington.
Azeredo Lopes acrescentou: «A
ideia principal, o projeto mais ambicioso, é a constituição de um centro de
segurança atlântica nos Açores, que vá muito a frente do academismo e que
represente a valorização de uma das principais capacidades de Portugal».
«O Centro não estaria,
necessariamente, sob jurisdição da NATO, embora possa vir a ser, no futuro,
reconhecido como um centro de excelência da Aliança Atlântica», disse o
Ministro, acrescentando que neste local se poderiam formar, não só oficiais
portugueses, mas também de outros países interessados na segurança do Atlântico.
No encontro no Pentágono, o Secretário da Defesa norte-americano,
respondeu de forma positiva à proposta do Governo.
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