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O Primeiro-Ministro, António Costa, anunciou que o Governo vai duplicar a verba de investimento destinado às empresas para 2018, para 2 mil milhões de euros
«A meta que colocamos para 2017 era ir aos mil milhões de euros de fundos comunitários destinados a apoiar a inovação e o investimento empresarial», disse o Primeiro-Ministro, na apresentação das novas medidas do programa Interface, no Porto, onde também esteve presente o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.
António
Costa acrescentou: «Esta meta, felizmente, foi já alcançada em setembro, e
temos previsto que, até ao final do ano, as empresas portuguesas conseguirão absorver
um total de 1250 milhões de euros de investimento na sua modernização e
inovação».
«É por isso que, para o ano,
temos uma meta ainda mais ambiciosa, agora já não nos mil milhões, mas
duplicarmos e termos, no próximo ano, a capacidade de executar dois mil milhões
de fundos destinados a apoiar o investimento empresarial», disse o
Primeiro-Ministro.
Novas
medidas do programa Interface
O Ministro da Economia
anunciou novas medidas do programa Interface, de entre as quais se destacam 180
milhões de euros para as empresas, através dos Fundos Europeus Estruturais e de
Investimento, cuja linha será lançada até ao final de 2017.
«Está também prevista uma
linha que disponibilizará mais 50 milhões de euros, através do Fundo de
Inovação, Tecnologia e Economia Circular, a lançar também até ao fim deste
ano», disse Manuel Caldeira Cabral.
O
Primeiro-Ministro afirmou: «As medidas anunciadas pelo Ministro da Economia,
criando melhores condições para investir, para inovar e para contratar quadros
técnicos mais qualificados, é o caminho que temos que prosseguir para que
efetivamente o conhecimento seja produzido, aproveitado e valorizado, e o
crescimento económico seja efetivamente sustentável».
«Num primeiro balanço do
programa Interface, lançado em março, é possível afirmar que, no caso dos
fundos estruturais, há um aumento de mais de 70% se comparado com o Quadro de
Referência Estratégico Nacional (QREN) nos apoios à inovação», disse o
Ministro.
Manuel Caldeira Cabral afirmou
ainda que «as novas medidas de apoio destinam-se aos centros Interface, que
fazem a transferência tecnológica diretamente das universidades para as
empresas, e que tiveram, durante o período de ajustamento, um enfraquecimento».
Desta forma será possível, por exemplo, docentes universitários terem um
incentivo para trabalharem nestes centros de transferência de tecnologia.
Interligação
do conhecimento com as empresas
«Perante a falta de recursos
do País, os fundos comunitários são absolutamente chave para a capacitação de
investimento», sublinhou António Costa, lembrando que o programa Interface tem
como meta «a valorização dos produtos portugueses, através da inovação, do
aumento da produtividade, da criação de valor e da incorporação de tecnologia
nos processos produtivos das empresas nacionais».
O Primeiro-Ministro afirmou
ainda que, «reforçando a capacidade de produção de conhecimento no sistema
universitário, de continuar a investir na valorização das instituições
científicas, e criando também capacidade para as empresas poderem investir mais
e melhor, este Programa encontra bases sólidas para poder ter sucesso».
«Sem produção de conhecimento,
o Interface não era possível» e «sem haver empresas com capacidade de investir,
o Interface não faria sentido», lembrou António Costa, referindo: «É esta necessidade
de termos uma política integrada que contribuirá para podermos continuar a
ganhar competitividade e termos novos serviços e produtos que são competitivos
no mercado global».
O
Primeiro-Ministro realçou também a necessidade de continuar a modernizar o
tecido empresarial para assegurar o sucesso do País: «O sucesso é o sucesso do
conjunto do País, não é só o sucesso de cada investigador, que vê uma nova
ideia protegida em propriedade industrial, não é só o sucesso de uma empresa
que consegue lançar um novo produto e consegue crescer: é da soma destes
sucessos que resulta o sucesso coletivo do nosso País e
da nossa economia».
«Aquilo
que permite a Portugal ganhar competitividade não é a precariedade, mas é a
sustentabilidade, ou seja, a capacidade de incorporar dentro da própria empresa
o conhecimento e a capacidade de valorizar esse conhecimento», concluiu.
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