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2018-09-07 às 12h31

Investimento na ferrovia serve e valoriza as regiões de fronteira

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, visitam as obras da ligação ferroviária Guarda-Covilhã, Guarda, 7 setembro 2018
O investimento na ferrovia «vai tornar mais competitiva a economia portuguesa com melhores ligações, mais eficientes, à fronteira e à Europa e, ao mesmo tempo, vai servir melhor e valorizar melhor as regiões de fonteira, situados do Interior», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa na Guarda.

O Primeiro-Ministro discursava durante uma visita à obra de construção da ligação entre as Linhas ferroviárias da Beira Baixa e da Beira Alta, através da ligação Covilhã-Guarda, no âmbito do programa Ferrovia 2020.

Este programa prevê o investimento de dois mil milhões de euros na modernização da rede e das infraestruturas ferroviárias que não tinham investimentos significativos há duas décadas. 

Em paralelo, vai também haver investimento no material circulante com a compra de novos comboios para as linhas regionais e a modernização dos das linhas delongo curso.

«Há duas prioridades fundamentais que o país sabe que tem. Uma, internacionalizar a sua economia, outra, valorizar aquilo que chamamos Interior e que eu prefiro chamar de regiões de fronteira», disse António Costa, acrescentando que «este investimento na ferrovia, cumpre simultaneamente estes dois objetivos».

Referindo-se às diversas obras do Ferrovia 2020, o Primeiro-Ministro disse que «são obras essenciais para que a nossa economia seja mais competitiva e para que os nossos territórios do Interior sejam mais competitivos».

Interior valoriza-se criando emprego

António Costa afirmou que o Interior se valoriza atraindo empresas que criem empregos, e atraem-se empresas «criando condições para que as empresas sintam que no Interior têm melhores condições para poderem produzir, vender mais barato, e ter acesso a um mercado maior».

Para isto, a ferrovia, que permite ligar estas regiões a Espanha e aos seus mercados, mas também ao litoral e aos seus portos, ajuda à exportação e à internacionalização da economia, ao mesmo tempo que valoriza o Interior, referiu.

Esta visão de conjunto está consignada no Programa de Valorização do Interior, que o Governo aprovou em julho. 

O Primeiro-Ministro concluiu afirmando que é importante continuar a fazer «aquilo que ainda não foi feito», citando uma canção de Pedro Abrunhosa: ‘Vamos fazer aquilo que ainda não foi feito'. É isso que estamos aqui a fazer e é isso que vamos continuar a fazer - aquilo que ainda não foi feito».

Ligação Guarda-Covilhã

O Primeiro-Ministro, acompanhado pelo Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e por autarcas da região, visitou a obra que a Infraestruturas de Portugal iniciou em março e que deve ficar concluída no terceiro trimestre de 2019.

A obra de construção da nova ligação ferroviária integra a empreitada de modernização do troço entre a Covilhã e Guarda, na Linha da Beira Baixa, prevendo a construção de uma via única eletrificada, com 1 500 metros de extensão, a execução de uma nova ponte ferroviária sobre o rio Diz. 

A empreitada de modernização da linha da Beira Baixa compreende ainda a renovação integral de 36 quilómetros de via e a eletrificação total do troço, entre outras intervenções, num investimento de 52 milhões de euros.

O objetivo da modernização do corredor internacional Norte, no qual se integram estas linhas, é aumentar a capacidade para o dobro da atual, permitir comboios elétricos na totalidade da linha da Beira Baixa e aumentar a segurança.