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2018-01-24 às 15h01

Investimento de 3,5 milhões de euros para aumentar capacidade de albufeiras

Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, na apresentação do Programa de Intervenções a Curto Prazo em Albufeiras, Ourique, 24 janeiro 2018 (Foto: Luís Forra/Lusa)
O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que o Governo vai investir 3,5 milhões de euros num programa de intervenções com o objetivo de aumentar a capacidade de armazenamento e melhorar a qualidade da água de oito albufeiras.

Na apresentação do Programa de Intervenções a Curto Prazo em Albufeiras, em Ourique, o Ministro referiu que estas intervenções garantem que haja «condições de chegar ao próximo verão com maior capacidade de encaixe e melhor qualidade de água».

A maior parte das intervenções está relacionada com a remoção de sedimentos das albufeiras, nomeadamente «muitos nutrientes e muita matéria orgânica, que são os responsáveis pela degradação natural da qualidade da água». Após a limpeza, será possível «aproveitar ao máximo todo o volume de água que existe».

O Ministro acrescentou que este projeto vai permitir reduzir bastante o volume morto – água inutilizável -, aumentando necessariamente o volume de água «passível de ser captada, tratada e distribuída».

As intervenções vão ser feitas em três albufeiras da Região Hidrográfica do Alentejo, em três da Região Hidrográfica do Tejo e em duas da Região Hidrográfica do Norte.

O valor do investimento contempla 2,3 milhões de euros para intervenções de limpeza e 1,2 milhões de euros para o alteamento e instalação de comportas hidropneumáticas no descarregador de cheias da albufeira de Pretarouca.

«Uma parcela significativa», disse João Pedro Matos Fernandes, do investimento total vai ser financiada através do Fundo Ambiental e as intervenções deverão estar finalizadas até outubro de 2018.

As albufeiras que receberão trabalhos são as de Pretarouca (Lamego), Peneireiro (Vila Flor), Póvoa e Meadas (Castelo de Vide), Apartadura (Marvão), Divor (Arraiolos), Pêgo do Altar (Alcácer do Sal),  Roxo (Aljustrel), e Monte da Rocha (Ourique).

Seca em Portugal

O Ministro do Ambiente referiu ainda que o problema de seca em Portugal «está bastante minimizado» mas continua a ser preocupante, advertindo que é necessário continuar a poupar para «saber viver com menos água».

«Já houve uma recuperação imensa numa zona vasta do País, mas estamos mesmo a viver uma situação difícil. Por isso, a frase de ordem é e será sempre a mesma: poupar água», acrescentou.

João Pedro Matos Fernandes reiterou a importância de todos se adaptarem a viver com menos água e saber viver com os recursos existentes: «Não podemos estar sempre a imaginar que vamos construir infraestruturas que vão contrariar as próprias vontades da natureza».

O Ministro destacou que o Governo tem o objetivo de «ir construindo processos que façam com que Portugal seja um País mais adaptado a uma muito provável menor quantidade de água disponível» no futuro.

«Não sabemos se vai chover mais ou menos. Aquilo que sabemos é que temos mesmo de poupar e utilizar da melhor forma possível a água que temos. Poupando água, todos vamos certamente chegar ao próximo verão em muito melhores condições, nos sítios mais críticos no que ao recurso água diz respeito, do que chegaríamos se não fizéssemos este esforço», acrescentou.