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2018-06-12 às 21h28

Habitações e empresas afetadas por incêndios de junho de 2017 em franca recuperação

Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, com morador de casa recuperada após os incêndios de junho de 2017, Castanheira de Pêra, 12 junho 2018 (Foto: Paulo Cunha/Lusa)
Todas as primeiras habitações afetadas pelo fogo de Pedrógão Grande, em junho de 2017, estão em obra ou concluídas, afirmou o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, realçando que a reconstrução feita no terreno é um resultado «à altura daquilo que as populações merecem».

Pedro Marques afirmou que 60% das habitações permanentes afetadas já estão reconstruídas, decorrendo obras nas restantes, sendo que os cinco casos que faltavam avançar no início de junho, já estão em execução.

O Ministro disse que ao fim de um ano ter «mais de cerca de 150 casas reconstruídas e ter as outras 100 em obra, é um resultado à altura daquilo que as populações merecem», acrescentando que o Governo tudo faz para que «as coisas andem depressa».

O Ministro fez estas declarações durante uma visita aos três concelhos mais afetados pelo grande incêndio de junho (Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos), onde assinalou, na visita às casas, que «há uma esperança que está a renascer» no território.

Linha de crédito para as segundas habitações

Pedro Marques referiu ainda, na declaração à imprensa, que a linha de crédito de dez milhões de euros para os municípios apoiarem a reconstrução de segundas habitações, prevista no decreto-lei de execução orçamental, vai ser criada a muito breve prazo.

«Neste momento, está para assinatura por dias o despacho dos meus colegas do Governo que permitirá executar aquela linha de crédito de dez milhões de euros, que não contará para o limite de endividamento das autarquias», referiu, explicando que esse instrumento coloca do lado dos municípios a possibilidade de apoiarem na reconstrução dessas habitações.

Mais apoios à localização de empresas

O Governo vai alocar mais cinco milhões de euros para apoiar mais zonas de localização empresarial no Pinhal Interior, região afetada pelo grande incêndio de Pedrógão Grande, disse também o Ministro.

Pedro Marques referiu que já foram aprovados dez projetos de investimento para áreas de localização empresarial no Pinhal Interior, tendo sido agora tomada a decisão de alocar mais cinco milhões de euros «para, porventura, apoiar pelo menos mais cinco zonas de localização empresarial noutros concelhos» da região.

O Ministro justificou a medida com a necessidade de «diversificar a atividade económica» no Pinhal Interior.

«Se as empresas responderam positivamente e têm vontade de investir neste território, nós vamos fazer a nossa parte, criando esta nova oportunidade de mais cinco milhões de euros para apoiar novas zonas de localização empresarial para corresponder a essa dinâmica que queremos que se mantenha no território», frisou.

500 milhões em intenções de investimento 

O programa de atração de novos investimentos aos concelhos afetados pelos grandes incêndios de 2017 na região Centro registou uma intenção de investimento global de mais de 500 milhões de euros, disse ainda Pedro Marques.

«Tivemos muitas candidaturas. Temos mais de 500 milhões de euros de novo investimento candidatado para trazer novo emprego para o território», afirmou no final de uma reunião com autarcas dos concelhos afetados.

Este valor diz respeito às candidaturas apresentadas para novos investimentos no Pinhal Interior, mas também em todos os outros concelhos da região Centro fustigados pelos grandes incêndios de 2017.

Face à dimensão das candidaturas, que excedem o valor disponibilizado pelo Governo para este programa, o Governo «vai criar condições para algum reforço das verbas» que tinham sido inicialmente estipuladas, disse o Ministro.

90 milhões de euros de investimento já aprovados

Pedro Marques anunciou que o Pinhal Interior já tem 90 candidaturas de investimento empresarial aprovadas, representando um total de 90 milhões de euros.

Estas candidaturas a projetos de novos investimentos, geradores de emprego, e tendentes a diversificar o perfil económico da região, somam-se aos valores para a reposição da atividade económica pelas empresas afetadas. 

«No total, tivemos um nível de procura muito grande, o que nos obrigará a ser seletivos na aprovação dos projetos. Não vamos aprovar tudo só porque apareceu. Temos que ter projetos bons que transformem efetivamente o território, mas procuraremos ir ao encontro desses projetos, tendo os recursos disponíveis para os aprovar», sublinhou Pedro Marques.

O Ministro disse ainda que é necessário «ter mais quantidade e qualidade de recursos humanos à região» para «reter e atrair investimento» neste território.