O Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel João de Freitas, afirmou que «o Governo quer conciliar as políticas de manutenção e as políticas de desenvolvimento económico» na defesa do mundo rural.
Em Lisboa, na apresentação de um estudo do economista Augusto Mateus sobre o mundo rural e o desenvolvimento económico e social em Portugal, o Secretário de Estado referiu que «a grande questão é saber qual é o equilíbrio entre esta dualidade de políticas».
«A ideia é que temos de apostar mais em políticas de manutenção, porque estamos a sentir que as políticas de ajustamento que fazemos estão a criar bolsas de desenvolvimento, mas estão a deixar muitos espaços rurais abandonados», acrescentou.
O objetivo é «criar uma maior conjugação entre políticas de desenvolvimento económico, que geram bens transacionáveis, e políticas de manutenção, que geram bens públicos».
Gestores de território nas áreas de baixa densidade
Miguel João de Freitas sublinhou a importância de encontrar «novos gestores de território», sejam organizações ou empresas, «que se instalem nas áreas de baixa densidade».
No caso das florestas, o Governo está a estabelecer contratos programa para a fixação de empresas que promovam a relação com as áreas de baixa densidade a médio e longo prazo.
«Estamos a falar de organizações de produtores florestais, de baldios, de entidades que já gerem território e que querem lá ficar. Estamos também a pensar nos resineiros, que desenvolvem a sua atividade de forma parcelar, mas que queremos que o façam durante o ano inteiro. Estamos a ver se encontramos um programa para fixar esses empreendedores no espaço florestal», disse.