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2018-07-23 às 17h10

Governo quer aumentar número de países com ensino de português

Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, na abertura do terceiro encontro da rede de ensino português no estrangeiro, Lisboa, 23 julho 2018 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que o Governo tem o objetivo de aumentar a rede de países com o ensino de português no currículo escolar, numa rede que atualmente contempla 25 países espalhados por Europa, África e América.
 
Em Lisboa, na abertura do terceiro encontro da rede de ensino português no estrangeiro, o Ministro realçou que o aumento da rede é um «objetivo exequível» e referiu que os efeitos positivos são recíprocos: «uma boa rede de ensino português no estrangeiro ajuda à disseminação do português como opção curricular nos respetivos ensinos e inversamente».
 
Santos Silva destacou a necessidade de «saber distinguir o que é o ensino da língua – que será cada vez mais assumido por diferentes países nas suas escolas básicas e secundárias - do que é o ensino português no estrangeiro, que se destina não apenas a garantir o ensino da língua, mas também a formação em elementos que são identitários, como a geografia, a história ou a realidade contemporânea da sociedade portuguesa».
 
O Ministro disse que os 22 países da Conferência Ibero-Americana (19 da América Latina e Portugal, Espanha e Andorra, na Europa) têm o compromisso de proporcionar o ensino da outra língua (português ou espanhol, consoante o caso), tal como os 18 Estados que são observadores associados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
 
O aumento do ensino de português no estrangeiro traz também mais responsabilidades, obrigando a uma consolidação da rede, o reforço do Instituto Camões, a qualificação do ensino, a certificação e credenciação das aprendizagens, a "boa combinação" entre educação presencial e educação à distância e o «casamento duradouro entre esta própria rede e as outras presenças da língua portuguesa no ensino secundário nos países em que as comunidades estão presentes».
 
Compatibilidade entre ensino português no estrangeiro e como oferta curricular
 
O Ministro realçou que a oferta de português nos currículos escolares e o ensino português no estrangeiro são compatíveis e sublinhou que «cinco ou seis milhões de portugueses e lusodescendentes que vivem um pouco por todo o mundo também são, eles próprios, uma das razões que levam a que português seja uma língua global, falada virtualmente em todo o mundo».
 
«Sempre que respondemos especificamente ao imperativo constitucional de garantir aos filhos dos portugueses que vivem no estrangeiro um ensino português de qualidade que lhes é prioritariamente dirigido, estamos também a contribuir para a projeção global da nossa língua», disse.