Governo apela a «escrupuloso respeito pelas regras de segurança» com o tempo quente

O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, apelou a «um escrupuloso respeito pelas regras de segurança» nos próximos dias face às indicações meteorológicas de tempo quente.

«Que não se realizem queimadas, que não sejam praticados quaisquer comportamentos de risco», disse o Ministro na Assembleia da República, em Lisboa.

«A proteção civil e a prevenção, nestes dias de alto risco, é uma responsabilidade de todos. O Governo tem uma responsabilidade fundamental como órgão máximo de coordenação da administração pública, mas isto exige o envolvimento de todos», referiu.

Eduardo Cabrita participou no debate sobre o relatório da Comissão Técnica Independente relativo aos incêndios florestais de junho e afirmou que os meios aéreos disponíveis foram duplicados e centralizados na região de Viseu, acrescentando que todos os outros meios estão a ser reunidos com o «reforço da presença dissuasora e preventiva da GNR e a presença no terreno das Forças Armadas, em estreita articulação com os municípios das áreas de maior risco».

O Ministro referiu que os bombeiros voluntários desempenham um «papel único e insubstituível» no combate aos incêndios florestais» e destacou que a escola nacional de bombeiros deve ter meios próprios para que os bombeiros recebam formação.

Eduardo Cabrita salientou também o trabalho da Força Aérea no combate aos incêndios mas referiu que Portugal vai ter de «continuar a recorrer a meios privados nos próximos anos».

O papel decisivo da Associação Nacional de Municípios e da Associação Nacional de Freguesias na política de prevenção também foi sublinhada pelo Ministro, que destacou ainda a intervenção estrutural que visa a valorização do potencial das regiões afetadas pelos incêndios de junho.

No final do debate, o Ministro da Administração Interna reuniu-se com uma delegação da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande para, pessoalmente, manifestar a sua solidariedade para com os familiares das vítimas e transmitir o compromisso do Governo de trabalhar em conjunto com a associação.