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2019-04-02 às 13h02

Força coordenada pela Proteção Civil regressa de missão em Moçambique

Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, na chegada dos 60 elementos em missão em Moçambique, Lisboa, 2 abril 2019
Regressaram a Portugal os cerca de 60 elementos que, nos últimos dez dias, integraram a missão da Força Operacional Conjunta em Moçambique, coordenada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Estes elementos, de um total de 93 que integraram a missão, estiveram empenhados em operações de transporte de bens, purificação de água, desobstrução de vias na Beira e avaliação e reconhecimento aéreo das zonas críticas, através de drones.

Integraram esta missão operacionais da Força Especial de Bombeiros, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da Guarda Nacional Republicana, bombeiros do distrito de Santarém, do Instituto Nacional de Emergência Médica e da empresa EDP.

Em Moçambique vão ainda permanecer 28 elementos do INEM (Hospital de Campanha), um comandante da ANEPC, quatro militares do GIPS/GNR (dois a operar com drones e dois a ministrarem formação à comum idade de Búzi para operar a estação de tratamento de água, que foi doado pelo governo português a Moçambique) e três elementos para apoio em operações logísticas.

Prioridade no apoio à saúde pública

O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, referiu, na chegada dos operacionais ao aeroporto militar de Lisboa, o excelente trabalho desenvolvido em coordenação com as autoridades de Moçambique.

Eduardo Cabrita adiantou que «a fase de salvamento está concluída», sendo agora prioritária a «área humanitária e de apoio à saúde pública», tendo assim ficado em Moçambique alguns elementos para, em articulação com as autoridades locais, «garantir a formação e purificação da água em Búzi».

O Ministro destacou também o empenhamento de um hospital de campanha do INEM, onde já se fizeram dois partos, acrescentando que isto é a prova de que «Moçambique está a renascer. Há novas vidas. Depois virá a reconstrução da economia e de apoio aos empresários portugueses».

«Sentimento de dever cumprido»

O Comandante da Força, Pedro Nunes, destacou, por sua vez, o «sentimento de dever cumprido» de todos os operacionais que integraram a missão.

«Chegamos com um sentimento de dever cumprido. Nós centrámo-nos em quatro vetores em parceria com as autoridades moçambicanas: purificação da água, transporte e distribuição de bens e a cobertura área com drones para se perceber o grau de distribuição» disse, destacando também a experiência do grupo e a «ajuda da comunidade portuguesa residente na Beira».

Pedro Nunes explicou ainda que a Força assistiu perto de 20 mil pessoas, através do transporte marítimo de 1500 quilos de comida e água para junto das pessoas que se encontravam isoladas. Numa fase posterior, foi também colocado um sistema de purificação de água para facilitar o acesso da população a água potável.

Relativamente à continuação da missão, o comandante referiu que será necessário acompanhar a situação nos próximos dias, pois isso «definirá o seu regresso». 

Pedro Nunes disse ainda que «a retirada das forças de socorro será acompanhada do reforço da assistência médica que tem sido visível nos últimos dias, com a chegada de equipas de vários países, incluindo Portugal, que tem no local, além do hospital de campanha do INEM, um outro da Cruz Vermelha, bem como elementos de outros organizações humanitárias como os Médicos do Mundo».