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2018-11-28 às 16h09

ETAR de Faro e Olhão vai melhorar qualidade da água da Ria Formosa

Ministro do Ambiente e Transição Energética, Matos Fernandes, inaugura a nova ETAR de Faro-Olhão, Olhão, 28 novembro 2018 (foto: Luís Forra/Lusa)
«A qualidade da água da Ria Formosa vai muito depressa sentir uma grande melhoria e todos os ecossistemas lagunares vão melhorar bastante», afirmou o Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, após a inauguração da estação de tratamento de águas residuais de Faro e Olhão, nest e concelho.

O Ministro acrescentou que, com esta ETAR, «uma parcela muito significativa dos esgotos dos algarvios fica definitivamente tratada» e «não haverá mais esgoto a correr para a Ria Formosa sem ser tratado».

A estação, dimensionada para tratar os esgotos de cerca de 113 000 pessoas, representa um investimento superior a 21 milhões de euros e vai servir a população dos concelhos de Faro, Olhão e São Brás de Alportel, permitindo receber águas que até aqui eram tratadas em estações que já não tinham capacidade suficiente.

A nova estação permitirá desativar os sistemas de lagunagem das ETAR de Faro Nascente e Olhão Poente, com um impacto positivo no meio ambiente, já que as antigas instalações emanavam um odor muito ativo, com consequências negativas para os residentes nas proximidades.

Nas imediações da nova ETAR, situada à beira da Ria Formosa, em Olhão, será construído um parque fotovoltaico para o fornecimento de energia para abastecer a infraestrutura.

O Ministro sublinhou que a inauguração desta e da ETAR da Companheira, em Portimão, encerram um ciclo de investimento em infraestuturas.

Passes sociais de transporte público

Numa declaração aos jornalistas após a cerimónia, Matos Fernandes referiu que a redução do preço dos passes sociais vai beneficiar as áreas metropolitanas e todas as comunidades intermunicipais do País.

Para o Governo, «este projeto foi sempre, desde o primeiro dia, um projeto para o país todo» apesar de a proposta ter nascido de uma reunião entre as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

A redução do tarifário dos passes sociais «vai ser, sem dúvida, muito importante para o aumento do rendimento das famílias», e ter uma «consequência ambiental evidente», disse o Ministro.

O financiamento do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos transportes públicos de passageiros para o ano de 2019 vai ficar disponível a partir de 1 de abril, sendo a fixação dos tarifários da competência das autoridades de transportes de cada área metropolitana e comunidade intermunicipal.

As áreas metropolitanas e as comunidades intermunicipais serão as responsáveis pela gestão das verbas, sendo que, pelo menos 60% da verba atribuída, deve ser utilizada para a redução do tarifário, podendo mesmo ir aos 100% para esse fim, disse Matos Fernandes.

Os outros 40% podem ser utilizados para melhorar, aumentar a oferta ou criar melhores condições no acesso à rede de transportes coletivos, seja através de intervenções nas paragens, ou através da criação de aplicações com informação sobre os transportes, exemplificou.

O Ministro classificou como preocupante a situação na área metropolitana de Lisboa, em que as famílias com três pessoas ou mais não têm passes sociais porque «é mais barato andar de carro do que andar de transporte coletivo».