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2018-10-23 às 14h26

Empresas têm mais 5 mil milhões para investimento, 1 700 dos quais para investir no interior

Roteiro do Investimento no Interior: Vila Velha de Ródão, Guarda, Nelas
Primeiro-Ministro António Costa e Ministro Adjunto e da Economia, Siza Vieira, inauguram fábrica em Vila Velha de Ródão, 23 outubro 2018
«Na reprogramação do Portugal 2020 há mais cinco mil milhões de euros para que as empresas possam continuar a investir» e «queremos que invistam acima de tudo no interior», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa na primeira ação do Roteiro do Investimento no Interior, em Vila Velha de Ródão.

O Primeiro-Ministro acrescentou que «desses cinco mil milhões de euros, 1 700 milhões só podem ser utilizados por empresas que invistam no Interior», na inauguração da empresa Roclayer, Plastificadora do Ródão, um investimento de 20 milhões de euros que criará 50 empregos.

António Costa sublinhou que «só criando emprego fixamos população. As infraestruturas são essenciais, mas se não houver emprego de qualidade, não conseguimos dar a volta» à desertificação das regiões interiores.

É necessário cada vez mais que as autarquias compreendam que, satisfeitas as necessidades básicas das populações, a grande prioridade é mobilizarem-se para o desenvolvimento económico e social, disse também.

Sobre a unidade fabril que inaugurou, o Primeiro-Ministro felicitou o empresário e administrador Simão Rocha e a Câmara de Vila Velha de Ródão: «Este investimento só é possível graças à existência de um empreendedor que acredita e que investe no Interior», disse.

António Costa recordou que «no ano passado, o aumento do investimento privado no país foi de 9%», acrescentando que «ao Estado compete criar melhores condições para que se possa investir», nomeadamente no Interior. 

Apoio ao investimento no interior

O Conselho de Ministros de 18 de outubro aprovou o regulamento do Programa de Captação de Investimento para o Interior, que visa dinamizar o investimento empresarial associado a atividades que diversifiquem a base económica existente, que criem emprego qualificado e que concorram para gerar mais valor acrescentado.

A proposta de Orçamento do Estado para 2019 inclui medidas para aumentar as deduções das empresas que investem no interior: estas empresas poderão deduzir mais 20% dos lucros que reinvestirem.

O Governo decidiu também investimentos de 600 milhões euros na linha ferroviária da Beira Alta e de 130 milhões euros na ampliação do Itinerário Principal (IP3).

E adotou também medidas como a redução das portagens das autoestradas, o aumento do número de lojas do cidadão, do número de estudantes que frequentam instituições de Ensino Superior e de instalação de novos laboratórios colaborativos.

Outros investimentos

Na primeira jornada do Roteiro do Investimento no Interior, em que foi acompanhado pelo Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e pelo Secretário de Estado para a Valorização do Interior, João Catarino, o Primeiro-Ministro presidiu também à assinatura de dois contratos de investimento.

Os dois contratos, aprovados no Conselho de Ministros de 18 de outubro, representam investimentos na Guarda e em Nelas – o mesmo Conselho aprovou ainda outros dois contratos sendo o valor global de 350 milhões de euros.

O primeiro, é o investimento de 38,1 milhões da empresa multinacional de origem tunisina Coficab, que criará 129 postos de trabalho até final de 2022, e garantirá a manutenção dos atuais 492 empregos.

A empresa de cablagens para automóveis vai criar uma nova unidade para produção de cabos com a tecnologia 4.0.

O investimento em Nelas vai ser feito pela Luso Finsa, uma empresa do ramo da indústria e comércio de madeiras, tem o valor de 19,5 milhões e prevê a criação de 51 postos de trabalho até final de 2021, e a manutenção dos 262 empregos já existentes.