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2019-07-12 às 17h29

Defesa do Serviço Nacional de Saúde passa por diversificar as suas ofertas

Primeiro-Ministro António Costa e Ministros Vieira da Silva e Marta Temido na inauguração de unidade de cuidados continuados integrado, Lisboa, 12 julho 2019 (foto: Manuel de Almeida/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «a defesa do Serviço Nacional de Saúde não passa só por fazer mais do mesmo. Claro que é necessário suprir as falhas que tem, reforçá-lo, robustecê-lo», mas é também necessário «diversificar nas suas ofertas».

O Primeiro-Ministro intervinha na inauguração da Unidade de Cuidados Continuados Integrados São Roque, em Lisboa, onde esteve acompanhado pelos Ministros da Saúde, Marta Temido, e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.

Esta unidade de internamento de média e longa duração – a primeira em Lisboa «região do País onde as carências são particularmente acentuadas» -, tem 44 camas e representou um investimento de quase 3,5 milhões de euros feito pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

António Costa afirmou que «é preciso fazer de forma diferente», destacando a importância de desenvolver «uma rede capilar de cuidados de saúde primários, reforçando-os com novas valências», e «também de desenvolver a rede de cuidados continuados integrados».

Referindo que nesta «diversificação temos de fazer um grande esforço de trabalho em rede e em parceria», recordou que «ontem assinámos, com o conjunto dos parceiros do setor social e solidário um novo compromisso para 2019/2020 de forma a trabalhar em conjunto novas respostas designadamente o desenvolvimento da rede de cuidados continuados integrados».

«Um dos melhores resultados do Serviço Nacional de Saúde são os ganhos em anos de vida», pelo que «o desafio que temos pela frente é imenso e será crescente», sendo necessário «trabalharmos no desenvolvimento dessa rede».

Responder às mudanças sociais e demográficas

A Ministra da Saúde, Marta Temido, lembrou que a rede nacional de Cuidados Continuados Integrados começou em 2006 «para responder às mudanças sociais e demográficas», pois «se queremos hospitais reservados para o que é a sua atividade principal, a intervenção na fase aguda de doença, tínhamos de criar outras respostas».

A Ministra destacou a parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, afirmando que «só conseguimos enfrentar os desafios que nos esperam se conseguirmos fazer pontes de forma eficiente e com boas respostas para a população».

Referindo que esta é a primeira unidade de internamento de média e longa duração em Lisboa, Marta Temido disse ainda que «um dos grandes desafios que se coloca a estas unidades é manterem os doentes sem precisarem de reinternamento hospitalar e fazê-los recuperar o mais depressa possível a sua saúde e regressarem às suas vidas normais».

A Ministra disse também que «foi possível criar 930 camas novas nesta legislatura, de autorizar a abertura de mais 307 no final de 2018 e hoje foi assinado um despacho que autoriza a abertura de mais de 446 camas este ano», havendo 8888 camas de cuidados continuados.

Marta Temido disse ainda que «este é um exemplo do que o Serviço Nacional de Saúde tem feito nos últimos anos, que por vezes passa despercebido, pois o SNS não é prestação de consultas hospitalares, de cuidados de urgência ou de cuidados primários, é um conjunto cada vez mais vasto de respostas que abrange cada vez mais pessoas e tipologias de cuidados».