O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou que a missão da Fragata Álvares Cabral, que partiu para a costa ocidental africana, «contribui para a segurança de Portugal e da Europa».
João Gomes Cravinho falava durante a despedida aos 156 militares que partiram para a missão «Mar Aberto», na Base Naval de Lisboa, no Alfeite.
«A Fragata Álvares Cabral parte agora numa missão de dois meses, descendo a costa africana e a falta de segurança naquela região é algo que produz insegurança para a Europa», referiu o Ministro.
Para João Gomes Cravinho, a segurança de Portugal «começa longe das nossas fronteiras» e a missão que agora se inicia é um exemplo disso mesmo.
O percurso desta missão é simultaneamente histórico e atual, por ser uma «réplica da viagem do Diogo Cão» no final do Século XV, que «marcou aquilo que é o destino e a natureza de Portugal. A missão que hoje começa tem a ver com esse destino e essa natureza», disse ainda.
«Portugal é um país marítimo» em pleno «século XXI» e isso significa que está «profundamente empenhado em apoiar a segurança dos mares que lhe são mais próximos», como o Golfo da Guiné, pelo qual vão navegar, uma região que «oferece desafios significativos para a comunidade internacional».
Referindo-se aos 156 militares que vão estar envolvidos na missão, até 6 de abril, o Ministro afirmou que «efetivamente são marinheiros de mar» e «embaixadores de Portugal», quando estão em terra e em contato com as populações locais.
«Vão fazer várias atividades de cooperação» ao nível da «formação» e da «guarda costeira», para além de levarem «vários produtos humanitários, que representam aquilo que é a vontade da população portuguesa de estar mais próxima dos países lusófonos, de Cabo Verde, Angola e São Tomé», disse ainda.
Missão inclui diversas ações de cooperação bilateral
A missão «Mar Aberto», da Marinha Portuguesa, inclui a passagem da fragata Álvares Cabral pelas República de Cabo Verde, República Democrática de São Tomé e Príncipe, República do Gabão, República de Angola, República dos Camarões e República da Costa do Marfim, num percurso total de 9.000 milhas náuticas.
Durante a permanência nestes países, o navio desenvolverá ações no âmbito dos acordos de cooperação bilateral ao nível de vigilância, fiscalização e segurança marítima, assim como ações de apoio à política externa do Estado.
A deslocação do navio à costa ocidental africana vai permitir ainda efetuar o transporte de diverso material, em apoio a entidades e organismos sediados nesses países, designadamente o apoio logístico ao navio patrulha «Zaire», da Marinha Portuguesa, que se encontra em missão de capacitação da Guarda-Costeira de São Tomé e Príncipe, desde o dia 3 de janeiro de 2018.
A Fragata Álvares Cabral é comandada pelo capitão-de-fragata Alexandre dos Santos Fernandes.