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2019-04-06 às 12h49

«Damos passos todos os dias para ter um Estado mais justo e atento» para os militares

Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, nas comemorações do Dia do Combatente, Batalha, 6 abril 2019
«Esta é uma cerimónia repleta de evocações e de significado. Assinalamos hoje o Dia do Combatente. Não apenas recordando e evocando o respeito devido a todos os que combateram pela Pátria, mas também celebrando os esforços de dignificação e apoio a esses militares e às suas famílias que tudo deram e tudo continuam a dar por Portugal», afirmou o Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, durante as cerimónias do Dia do Combatente, que decorreram na Batalha.

Numa cerimónia onde esteve também a Secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto, o Ministro da Defesa Nacional recordou o 101º aniversário da Batalha de La Lys e a 83ª romagem ao Túmulo do Soldado Desconhecido, que se assinalam também no Dia do Combatente.

«A Batalha de La Lys, é uma página difícil da história nacional que nos obriga ainda hoje, volvidos mais de 100 anos, a olhar com redobrada responsabilidade para os nossos combatentes», disse João Gomes Cravinho, acrescentando que o Soldado Desconhecido, cujo túmulo se encontra na Sala do Capítulo do Mosteiro, é «permanentemente alumiado pela chama da Pátria e guardado por jovens soldados cuja função permanece, hoje, como há 100 anos: defender o País e os Portugueses com abnegação e entrega total»

Prestar devido reconhecimento  aos militares

João Gomes Cravinho sublinhou também a importância da realização destas efemérides para celebrar o «recurso mais valioso de qualquer instituição, as suas pessoas».

«As Forças Armadas Portuguesas continuam a contar com militares que muito nos orgulham e que todos os dias prestigiam Portugal - como os 836 militares que hoje estão destacados, entre outros teatros operacionais, no Afeganistão, no Kosovo, na Roménia, na Colômbia, no Golfo da Guiné, no Mali ou na República Centro-Africana», enumerou o Ministro, frisando que estes são os combatentes atuais «que se juntam às várias gerações de combatentes que se bateram por Portugal e pelos valores que acarinhamos e desejamos para a nossa sociedade e dos nossos aliados».

Para João Gomes Cravinho, o Dia do Combatente oferece uma oportunidade de reafirmar o reconhecimento e a solidariedade de todos os Portugueses para com os atuais e antigos combatentes. O Ministro referiu também que perante os «condicionamentos» o Governo nem sempre pode fazer tudo o que os antigos combatentes merecem, mas os passos «para ter um Estado mais justo e atento» estão a ser dados.

Viragem no ciclo de desinvestimento

Durante a sua intervenção, João Gomes Cravinho afirmou que os desafios com que as Forças Armadas se confrontam permanecem elevados ainda que hoje no encontremos «num processo de gradual viragem do ciclo de desinvestimento que as últimas décadas puseram à Defesa».

Este momento exige, para o Ministro da Defesa, «responsabilidade, visão estratégica e clareza de objetivos», que serão conseguidas através de uma política de Defesa Nacional «coerente e alicerçada naqueles que são os grandes consensos da nossa sociedade».

Dignificar os combatentes 

João Gomes Cravinho destacou também o contributo da Liga dos Combatentes para «o reconhecimento público do serviço prestado pelos militares, ajudando a criar uma consciência nacional dignificando o papel dos antigos combatentes».

O Ministro da Defesa referiu ainda que é importante minimizar as «consequências dramáticas da guerra na vida dos militares e famílias», através dos vários apoios, desde os cuidados de saúde, os cuidados com planos de apoio psicológico, os programas de melhoria e ampliação das residências para os idosos e os estabelecimentos de ensino para crianças.

Antes de terminar, João Gomes Cravinho disse que o Estado tem a «responsabilidade primária de consagrar na lei e na prática os mecanismos que dignifiquem o contributo dos nossos combatentes para a manutenção da paz de que todos beneficiamos», acrescentando que «morrer pelo País ou por ele sacrificar o bem-estar ou a vida é um ato de bravura única que coloca os combatentes num patamar de sacrifício que não é exigido em nenhuma outra função do Estado».

«Ninguém melhor que eles para serem, hoje, os embaixadores de uma cultura de paz e de segurança junto dos mais jovens», concluiu.