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2019-03-11 às 12h39

Cuidados de saúde primários fizeram 31 milhões de consultas em 2018

Inauguração do Centro de Saúde de Odivelas
«Poucas pessoas terão a noção que, no ano passado, no conjunto das unidades de cuidados de saúde primários, foram prestadas cerca de 31 milhões de consultas – o que dá três consultas por cada português, e é mais meio milhão do que as que fazíamos em 2015», disse o Primeiro-Ministro António Costa na inauguração do novo Centro de Saúde de Odivelas.

O Primeiro-Ministro referiu que «há um enorme consenso nacional sobre a mais-valia» que o Serviço Nacional de Saúde teve na melhoria da qualidade da saúde dos portugueses, sendo, contudo, «necessário continuar a modernizar e a alargar a oferta do SNS».

António Costa assinalou que «o envelhecimento da população implica o aumento do investimento em cuidados continuados, a inovação tecnológica exige investimento em novos equipamentos e novas formas de terapia e a dinâmica da população exige cada vez mais proximidade».

Investimento 

«É a combinação destes diferentes elementos que temos de ir fazendo para responder positivamente às necessidades», disse, acrescentando que «o investimento que está a ser feito em equipamentos, em instalações e no pessoal é essencial para continuarmos a responder às necessidades crescentes que as pessoas colocam ao SNS».

Este processo de modernização destinado a responder às novas necessidades assenta em dois pilares: os cuidados de saúde primários, e os cuidados de saúde continuados, disse.

O Primeiro-Ministro sublinhou que «as exigências sobre o Serviço Nacional de Saúde são imensas e todos temos bem consciência que ele tem muitos problemas que temos de ir identificando e resolvendo».

1300 milhões em quatro anos

Para os resolver «o País tem de ter capacidade para repor o investimento que foi sendo limitado», disse acrescentando que «ao longo desta legislatura conseguimos reforçar em 1300 milhões de euros o investimento no Serviço Nacional de Saúde».

Naturalmente, o Governo gostaria «de dispor de mais dinheiro para investir na saúde, mas o País tem de investir também na educação, na habitação, e na segurança», e «a função de qualquer responsável político é procurar recursos e decidir como alocar os recursos».

António Costa referiu que os 1300 milhões de investimento incluem novas instalações, como «mais 100 Unidades de Saúde Familiar até final da legislatura, 30 novos centros de saúde», e ter contratado nove mil profissionais.

«Quando me dizem que o investimento foi consumido na redução do horário de trabalho e na contratação do pessoal, é preciso ter em conta que não é possível ter um bom SNS sem ter o pessoal necessário e que esteja motivado», disse.

O Primeiro-Ministro afirmou que na saúde – como em todos os setores – «temos de investir nos recursos humanos porque temos de ter um Serviço Nacional de Saúde que seja atrativo para os profissionais, o que implica horários e perspetivas de carreira».

1300 médicos de medicina geral e familiar

A Ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que «os cuidados saúde primários são a base e o pilar de todos os sistemas de saúde», acrescentando que, «por isso, o Programa do Governo apostou na modernização dos cuidados de saúde primários, que em termos de instalações, quer de organização».

Mas também conseguindo «atrair mais médicos de medicina geral e familiar, para além dos mais de 1300 que já captámos ao longo desta legislatura».

Além da conclusão da instalação de 100 novas Unidades de Saúde Familiar, que está prestes a ser concluída, a Ministra sublinhou que «tem também sido feita uma posta na melhoria da resolutividade dos cuidados de saúde primários como os exames, que podem ser feitos no centro de saúde e que há alguns anos implicavam deslocações a outros locais», procurando «tornar os centros de saúde elementos de proximidade».

Marta Temido referiu ainda a importância da descentralização de competências para as autarquias na área da saúde.

42 mil utentes

O novo Centro de Saúde de Odivelas abrange 41 800 utentes e integra duas Unidades de Saúde Familiar, a USF Mosteiro - a funcionar desde dezembro - e a USF Cruzeiro, que agora inicia o seu funcionamento.

A obra representou um investimento de quase 1,4 milhões de euros, suportado pela Administração Central, pela Câmara Municipal de Odivelas e por fundos comunitários (50%), a que se juntam 268 mil euros em equipamentos.

O Centro de Saúde permite a reorganização das unidades de saúde das freguesias de Odivelas, Ramada e Caneças, contando com uma equipa de 16 médicos, 16 enfermeiros, quatro assistentes técnicos e quatro assistentes operacionais. O número de profissionais será alargado progressivamente de forma a rentabilizar a capacidade instalada do novo edifício.

As duas USF têm 39 gabinetes de consulta médica e de enfermagem, seis salas de tratamento e um gabinete de saúde oral.