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2019-04-02 às 12h47

Criação de mercados de trabalho inclusivos é «um dos maiores desafios à escala global»

Primeiro-Ministro, António Costa, na abertura da 4.ª Conferência de Ministros do Emprego e Trabalho da União para o Mediterrâneo, Cascais, 2 abril 2019 (Foto: Paulo Vaz Henriques)
O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que «encontrar soluções que permitam a criação de mercados de trabalho inclusivos e integradores dos migrantes é um dos maiores desafios à escala global», pois «não é o caminho do protecionismo ou do encerramento das fronteiras que promoverá o progresso e o desenvolvimento».

Estas declarações foram feitas na abertura da 4.ª Conferência de Ministros do Emprego e Trabalho da União para o Mediterrâneo, que decorre nos dias 2 e 3 de abril, em Cascais.

O Primeiro-Ministro acrescentou: «O emprego é um dos grandes desafios das sociedades atuais porque a humanidade não conhece tema tão transversal, tão central na vida das pessoas, tão essencial à sua realização individual, tão relevante para a estabilidade social ou tão determinante para a quantidade e qualidade do crescimento económico».

Por isto, «a cooperação pelo trabalho digno e pela convergência económica e social é o caminho que temos que trilhar juntos para que o Mediterrâneo possa ser um espaço de encontro e prosperidade partilhada».

Lembrando «as ligações históricas que Portugal foi estabelecendo em diferentes paragens do mundo e a experiência das gerações portuguesas que, quer na década de 60 do século passado, quer mais recentemente, durante a crise económica, procuraram no estrangeiro as oportunidades de emprego que não encontravam em Portugal», António Costa sublinhou que o País «acolhe esta perspetiva integradora» do mercado de trabalho.

Reforço das trocas comerciais

O Primeiro-Ministro referiu ainda a necessidade de reforçar as trocas comerciais e de apoiar a internacionalização das empresas portuguesas, bem como «o investimento de parte a parte»: «Para termos um mercado de trabalho inclusivo e sustentável, precisamos de continuar a criar emprego».

«Não há reforma estrutural tão poderosa e socialmente inclusiva como a do investimento na educação e na aprendizagem ao longo da vida», realçou António Costa, afirmando que a qualificação das pessoas é «um desafio comum a vencer».

Lembrando que «Portugal vive hoje e, pela primeira vez neste século, uma série de três anos consecutivos com crescimento superior à média da União Europeia», o Primeiro-Ministro disse também: 
«Este processo de convergência, fazemo-lo num contexto de responsabilidade orçamental e de desendividamento de todos os setores - famílias, empresas e administrações públicas - e fazemo-lo de forma sustentável, através de um forte crescimento das exportações e do investimento empresarial».

«Se é verdade que não há criação de emprego sem crescimento económico, temos verificado que a criação de emprego é um dos mais potentes motores do crescimento económico e da inclusão», afirmou António Costa.