«Em 2019, o crescimento da economia será fortemente impulsionado pelo investimento, tanto público como privado, que registará uma taxa de crescimento global de 7%», afirmou o Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, na Conferência da Ordem dos Economistas, em Lisboa.
O Ministro acrescentou que «o crescimento económico – que, pela terceira vez consecutiva, se situará acima da média dos nossos parceiros europeus, terá um crescimento saudável e com perspetivas de continuidade».
No que respeita à dinamização do investimento privado, na reprogramação do Portugal 2020 «reforçámos a dotação dos Sistemas de Incentivos ao Investimento, o que permitirá a aprovação de mais 5 000 milhões de euros de investimentos, particularmente investimentos inovadores, que contribuirão para modernizar a economia, melhorar o saldo da nossa balança comercial e criar mais e melhor emprego».
Investimento público
Pedro Marques destacou «o reforço do investimento na ferrovia, nomeadamente no âmbito do grande programa de investimento que lançámos logo no início do mandato, Ferrovia 2020, através do qual estamos a modernizar cerca de metade de toda a Rede Ferroviária Nacional».
Esta modernização da rede ferroviária melhorará as ligações «aos portos e à fronteira, de modo a tornar o transporte ferroviário mais competitivo para o transporte de mercadorias», e modernizará «também as linhas regionais, para melhorar o transporte de passageiros e promover a coesão territorial».
Assim, «colocámos obras no terreno obras em todos os principais corredores ferroviários – a Linha do Norte, o Corredor Internacional Norte e o Corredor Internacional Sul – mas também em corredores complementares, como a Linha do Minho e a Linha do Douro».
Para «outras importantes linhas, como a do Oeste e a do Algarve, estamos a concluir os projetos de engenharia e lançaremos os concursos de empreitada em 2019».
«Também no próximo ano, teremos o início da maior obra de construção de linha férrea nova dos últimos 100 anos em Portugal, entre Évora e Elvas, concretizando assim a ligação direta entre o porto de Sines e a fronteira», referiu o Ministro.
Ainda em 2019, concluir-se-á «uma obra que considero paradigmática do que está a ser feito na ferrovia: depois de décadas a fechar linhas e a reduzir a extensão da Rede Ferroviária, pela primeira vez teremos a reabertura de uma linha que estava fechada há uma década, e a Covilhã e a Guarda voltarão a ser ligadas por comboio, agora numa via moderna e eletrificada».
Estradas e aeroportos
A rede rodoviária será também alvo de investimento, apesar de «a opção pela exclusão dos investimentos rodoviários nos apoios» quando da negociação do Portugal 2020 levar a que «todo esse investimento tenha de ser realizado por via do Orçamento de Estado».
Estes investimentos serão, sobretudo, os «que potenciam o desenvolvimento da atividade económica e incrementam a segurança de vias fundamentais», tendo Pedro Marques destacado o início da requalificação integral do IP3, entre Coimbra e Viseu, a conclusão da A25 junto à fronteira, e as obras de manutenção da ponte 25 de Abril.
O Ministro referiu também «a construção de ligações rodoviárias a áreas empresariais, no âmbito do Programa de Valorização de Áreas Empresariais, que lançámos para melhorar as acessibilidades destas à rede rodoviária estruturante».
No próximo ano prosseguirão igualmente «os investimentos de expansão da capacidade do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, que passará de 20 para 32 movimentos por hora, e terão início os investimentos relativos à expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, processo que antecipámos em 5 anos relativamente ao que tinha sido negociado pelo anterior Governo aquando da privatização da ANA».
«O Orçamento contempla, ainda, o início das obras de expansão dos Metropolitanos de Lisboa e Porto, a construção e remodelação de dezenas de centros de saúde, e o início do processo de construção de vários hospitais, além de um importante investimento na rede de escolas por todo o país», disse também Pedro Marques.