O défice das Administrações Públicas até novembro ascendeu a 2084 milhões de euros, traduzindo uma melhoria de 2326 milhões face a 2016, afirma o Gabinete do Ministro das Finanças em comunicado.
Esta evolução resultou do crescimento da receita de 4,3% e da contenção do crescimento da despesa em apenas 0,8%.
O excedente primário, pelo seu lado, ascendeu a 5800 milhões, uma melhoria de 2281 milhões.
Crescimento económico faz aumentar receita
A receita fiscal do Estado cresceu 5,5% até novembro, devido à boa evolução da economia. A receita bruta de IVA manteve um crescimento de 7,6%, e a receita de IRC que aumentou 19,7%.
A receita com as retenções na fonte de IRS cresceu 4%, traduzindo a melhoria do emprego, também visível no crescimento de 6,6% das contribuições para a Segurança Social.
Despesa controlada
A despesa primária das Administrações Públicas cresceu 1,0% face a 2016, ainda sem refletir o pagamento de metade do 13.º mês dos pensionistas da Segurança Social.
Destaca-se o acréscimo de 26% no investimento (excluindo PPP) e a aposta continuada no setor da Saúde, com um crescimento da despesa no SNS de 5,3%.
Objetivos orçamentais garantidos
A evolução do défice ao longo de 2017 garante, pelo segundo ano consecutivo, o cumprimento dos objetivos orçamentais estabelecidos no Orçamento do Estado.
A rigorosa execução orçamental, associada à evolução positiva da receita, permitem a redução da dívida pública em percentagem do PIB.
A dívida não financeira das Administrações Públicas (despesa sem o correspondente pagamento, incluindo pagamentos em atraso) mantém a tendência de redução apresentada desde o início do ano, tendo diminuído 260 milhões de euros em termos homólogos.
Os pagamentos em atraso registaram um acréscimo de 193 milhões face a igual período de 2016 e de 85 milhões face ao mês anterior, mas deverão reduzir-se significativamente até final do ano devido ao reforço financeiro efetuado em dezembro.