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2017-12-04 às 17h44

Cimeira para o Ambiente das Nações Unidas deve trazer «um reforço do compromisso dos países em torno das alterações climáticas»

O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse que, depois dos acordos de Paris sobre o Ambiente, «é fundamental acertar bem os mecanismos de compensação para os países cuja expectativa de desenvolvimento pode originar lastros de poluição».

Estas declarações foram feitas em Braga, à margem de um seminário na Universidade do Minho, a propósito da Cimeira para o Ambiente das Nações Unidas (United Nations Environmental Assembly – UNEA3), que reúne responsáveis políticos de mais de cem países e começou hoje em Nairobi, no Quénia.

«O que podemos esperar da Cimeira é um reforço do compromisso dos países em torno das alterações climáticas», disse o Ministro, lembrando que, «depois do anúncio da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris houve um reforço muito importante do compromisso assumido, incluindo de dois países que não tinham assinado, Síria e Nicarágua, e que vieram dizer que o vão fazer».

Matos Fernandes sublinhou: «Todos os países do mundo assinaram Paris e 170 já o ratificaram», sendo importante ter um «compromisso como o de Paris, agora pensado para países em vias de desenvolvimento, que não têm nenhum lastro de poluição, mas têm uma expectativa de desenvolvimento que a eles poderá conduzir».

«Por isso é fundamental acertar bem os mecanismos de compensação que esses países terão que ter», acrescentou o Ministro, realçando a importância dos Estados Unidos na questão do financiamento e o papel que Portugal assumiu na mesma questão.

Matos Fernandes disse ainda: «Aqui, a saída dos Estados Unidos é preocupante, porque se um país é muito mais do que a sua Administração, a capacidade de dar dinheiro a quem necessita desse dinheiro é uma responsabilidade do comum dos Governos».

10 milhões de euros para a cooperação ambiental

O Ministro referiu também que Portugal vai disponibilizar, através do Fundo Ambiental, 10 milhões de euros para a cooperação no domínio das alterações climáticas, sobretudo com países lusófonos.

«Portugal, através do Fundo Ambiental, alocou 10 milhões de euros para a operação com os países que falam português, todos eles em África exceto Timor Leste, e iremos provar aquilo que estamos a fazer, dando testemunho dos projetos que temos em curso, que são importantes para que cada país comece a viver melhor com os recursos que tem e para a mitigação de gases», concluiu.

O UNEA3 visa encontrar soluções para o impacto que a contaminação do Ambiente tem na vida humana já que 12,6 milhões de pessoas morreram por causas ambientais em 2012, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.