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2019-05-10 às 12h42

Aumentar investimento nas Forças Armadas é do «interesse de Portugal»

Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, na conferência dos chefes das marinhas europeias, Lisboa, 10 maio 2019
O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou que três das cinco fragatas - que estão atualmente ao serviço da Marinha portuguesa - serão modernizadas para terem «vida útil» até 2030.

À margem de uma conferência dos chefes das marinhas europeias, que decorreu em Lisboa, João Gomes Cravinho disse, aos jornalistas, que estes «são navios extremamente caros», pelo que é «importante que essas fragatas tenham a maior longevidade possível», mantendo «as características necessárias para desempenharem as suas funções».

O Ministro disse também que, «a partir de 2022/23», Portugal fará «um investimento na modernização de três das fragatas, para que elas possam continuar a ter vida útil ainda na década de 2030».

«Nós temos responsabilidades tremendas em termos de vigilância do nosso espaço marítimo, vamos ter um alargamento da plataforma continental que resultará numa plataforma continental 44 vezes o tamanho de Portugal, e isto significa que precisamos de ter meios navais adequados», disse ainda.

Navio Polivalente Logístico

Sobre o Navio Polivalente Logístico, João Gomes Cravinho afirmou que Portugal estará atento, «ao longo dos próximos anos, às possibilidades que o mercado possa produzir».

Este navio «será adquirido a partir de 2022», pelo que temos «dois ou três anos» para «programar o tipo de navio» a adquirir, e ponderar se será melhor comprá-lo «em segunda mão» ou «construí-lo, de preferência aqui em Portugal».

O Ministro referiu também que este navio é uma «ambição antiga», que vai ter capacidades militares e que vai permitir «ir ao socorro de populações numa situação de desastre natural».

Lei de Programação Militar

Sobre a Lei de Programação Militar, aprovada recentemente pela Assembleia da República, João Gomes Cravinho referiu que esta é «estruturante para as Forças Armadas e para o País» para «os próximos 12 anos».

Este diploma vai permitir um «investimento grande em termos de possibilidades de duplo uso, do uso civil e militar», uma vez que «quase tudo aquilo que há de novo na Lei de Programação Militar» permite esta dualidade.

«Estamos também a fazer um investimento grande na nossa economia porque muito daquilo que se vai adquirir será produzido em Portugal e resultará também em estímulos para a inovação e para a produtividade das nossas indústrias de defesa», disse ainda.

No caso da Marinha, a sua capacidade será «significativamente reforçada», com a aquisição de navios de patrulha oceânicos e com um navio de abastecimento para substituir o atual que é «bastante antigo».

Aumentar «investimento nas Forças Armadas»

Para João Gomes Cravinho, Portugal deve acompanhar o aumento de investimento na Defesa - que acontece atualmente um pouco por todo o mundo - para que as nossas Forças Armadas não tenham menor qualidade que outras Forças Armadas. 

Desta forma o País consegue respeitar todos os compromissos internacionais que assumiu, nomeadamente com a NATO, e que o reforço de investimento que a Lei de Programação Militar vai permitir corresponde também «ao interesse de Portugal».

Gomes Cravinho disse ainda que Portugal submeteu à NATO uma candidatura para se tornar num «centro de excelência», com base no trabalho desenvolvido pelo Instituto Hidrográfico.