A Ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que no final do ano entre 94% e 96% dos portugueses terão médico de família, durante a abertura de uma nova Unidade de Saúde Familiar em Baguim do Monte, Gondomar, que contou também com a presença do Primeiro-Ministro António Costa.
A Ministra disse que «temos prosseguido e vamos continuar a prosseguir a meta de garantir que todos os portugueses tenham um médico de família atribuído até ao final da legislatura».
«Nesse sentido, estamos a fazer o caminho e estimamos que, no final do ano, a cobertura de portugueses com médico de família atinja» aquele número, afirmou Marta Temido.
A Ministra da Saúde, Marta Temido, recordou que «em 2015 havia ainda um milhão de portugueses sem médico de família e neste momento caminha-se para que haja 580 mil», mas o trabalho ainda não está concluído.
Alargar os Cuidados de Saúde Primários
«Entendemos que – e o Programa do Governo definiu-o desde o início –, uma das melhores formas de conseguir essa cobertura populacional que precisamos era através do modelo de Unidade de Saúde Familiar e pretendermos até ao final da legislatura, ter 100 novas USF a funcionar», disse.
Presentemente, estima-se que até ao final do ano estejam em funcionamento 80 novas USF por referência ao final de 2015.
O Governo vai também dotar os Cuidados de Saúde Primários de novas capacidades de resposta nas áreas dos meios complementares de diagnóstico, saúde oral, saúde visual, psicologia e nutrição.
A expansão da rede de Cuidados de Saúde Primários é, precisamente, uma das prioridades do Orçamento de Estado para 2019.
Neste reforço inclui-se o alargamento do Programa Saúde Oral Para Todos, com a abertura de, pelo menos, um gabinete de saúde oral em mais de 100 concelhos, e a contratação de 40 novos psicólogos e 40 novos nutricionistas.
No Agrupamento de Centros de Saúde Porto II-Gondomar (a que pertence a unidade de Baguim do Monte), serão instalados dois gabinetes de saúde oral, um ainda este ano e outro em abril de 2019.
A proposta de Orçamento do Estado para 2019 aumenta em 588 milhões de euros o programa da saúde (de um orçamento inicial em 2018 de 8 470 milhões de euros passa-se para um orçamento inicial em 2019 de 9 058 milhões de euros), para além de incluir várias políticas especialmente dirigidas à melhoria da qualidade de vida dos portugueses e aos determinantes sociais da saúde.