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2018-10-26 às 15h53

Apostar na transição energética para reduzir dependência

O Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, realçou o objetivo de Portugal reduzir drasticamente a percentagem de energia consumida.

Em Coimbra, na consignação da empreitada de estabilização e requalificação da margem direita do rio Mondego, que representa um investimento superior a sete milhões de euros, o Ministro destacou «o potencial que Portugal tem na produção de energia a partir de fontes renováveis».

«É uma irracionalidade um país depender em 75% da importação da energia que consome», disse, acrescentando que «Portugal já deu provas de, em alguns meses, quase ter quase capacidade para produzir toda a energia que consome».

Matos Fernandes destacou que esta «tem de ser mesmo a aposta que se tem de fazer», propiciando a transição energética, que «quer dizer maior eficiência, gastar-se muito menos energia, eletrificar-se mais a sociedade e a economia, sobretudo o setor dos transportes, e produzir mais energia a partir das fontes renováveis».

«Até do ponto de vista do custo energético, a longo prazo é certamente muito vantajoso. Por um lado, porque contribui positivamente para o défice comercial e, por outro, porque as fontes renováveis de energia não estão sujeitas a flutuações de preço do mercado mundial», disse.

O Ministro salientou ainda que é «um erro confundir energias renováveis com rendas excessivas». «Este é o discurso que protege aqueles que ainda querem, e já são muito poucos, prover a produção de energia a partir de origens fósseis», continuou.

Matos Fernandes destacou que em 2017 «o valor de subsidiação da produção de energia a partir do carvão e do petróleo em Portugal atingiu os 415 milhões de euros e, por isso, há de facto algumas fontes que estão a ser subsidiadas desde há 300 anos, no caso do carvão, e 120 anos no caso do petróleo».