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2019-09-24 às 10h33

«A próxima década é a mais exigente» nas metas ambientais

Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes
«A próxima década é a mais exigente» para que Portugal chegue a 2030 com uma redução em 50% das emissões de carbono e com 80% da eletricidade a ser fornecida a partir de fontes renováveis», afirmou o Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes. O cumprimento destas metas permitirá que 100% da energia consumida em 2050 provenha de fontes renováveis.

Estas declarações foram feitas aos jornalistas na sede Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, onde decorre a Cimeira da Ação Climática desde o dia 21 de setembro.

O Roteiro para a Neutralidade Carbónica faz parte da estratégia portuguesa para o Ambiente, que se centra no ordenamento do território (para uma distribuição igualitária de recursos). Outro vetor essencial da Estratégia é a remuneração dos serviços de ecossistema (para que a transição seja justa em todo o País).

«Somos um país que lidera no mundo»

«Somos um país que lidera no mundo» na área ambiental, referiu o Ministro, acrescentando que a neutralidade carbónica vai contribuir para o bem-estar dos cidadãos, além de dar prestígio acrescido ao País, por ser um compromisso internacional em grande escala.

João Pedro Matos Fernandes lembrou também que a meta portuguesa está para além do pedido do secretário-geral da ONU, António Guterres, para a redução de emissões em 45% até 2030.

«O bem-estar da população vai verificar-se pela economia hipocarbónica, regeneradora de recursos, e que já está a dar provas, sendo uma economia tendencialmente menos utilizadora de combustíveis fósseis», disse o Ministro.

Alinhar a economia com o Ambiente

Matos Fernandes alertou para a necessidade de mais negócios para atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável, sem que se fale de lucros, mas de ação: «A economia tem de crescer nos limites do próprio planeta. A Natureza nunca se enganou. Os sistemas naturais não têm nada a mais. Por isso, temos de evoluir para um modelo económico e social fundado na racionalidade da suficiência».

O Ministro concluiu, afirmando que a Cimeira da Ação Climática deu uma nova dimensão aos esforços de adaptação e mitigação dos efeitos climáticos porque juntou compromissos de Estados, de empresas e organizações da sociedade civil.

Matos Fernandes apresentou as medidas assumidas por Portugal no almoço executivo intitulado «Diálogo paralelo sobre compromissos de negócios para um futuro a 1,5ºC».