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2018-02-26 às 17h56

A maior ameaça à segurança interna que o País enfrenta é a dos riscos de incêndio

Formação de novos militares da GNR
Primeiro-Ministro António Costa e Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, na visita ao centro de formação da GNR, Portalegre, 26 fevereiro 2018 (Foto: Paulo Vaz Henriques)
«Todos temos bem consciência que a maior ameaça à segurança interna que o País enfrenta é aquela que está associada aos riscos de incêndio resultantes das alterações climáticas», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa no primeiro dia de formação de 600 novos militares da GNR, no centro de formação de Portalegre.

O Primeiro-Ministro sublinhou que estes riscos «não são uma abstração», uma vez que se traduzem em períodos de seca nos quais «animais que deixam de ter alimentação» e populações que «deixam de ter meios de sobrevivência».

«Este novo curso que hoje aqui iniciamos destina-se a permitir que haja um reforço de 600 elementos para a GNR de modo a que mais 500 militares da guarda possam ingressar no Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro e mais 100 militares da guarda possam ingressar no Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente», disse.

Reforço de bombeiros, sapadores e guardas florestais

O reforço da prevenção e combate a incêndios «faz-se também com a criação de novas equipas de intervenção permanente nos corpos de bombeiros voluntários, de forma a que, dentro do voluntariado, haja um núcleo de profissionais treinado, preparado para intervir também em cenário fogos florestais», disse António Costa.

«Faz-se também pelo reforço de 500 novos sapadores florestais, que durante todo o inverno e outono procederão à limpeza da mata e que depois procederão durante o verão em ações de vigilância, mas também de primeira intervenção», acrescentou.

António Costa anunciou que vai abrir, durante o mês de abril, um concurso para 200 novos guardas florestais, e que há um reforço de empenho de meios das Forças Armadas em situações de grande calamidade.

Contributo da GNR

O Primeiro-Ministro destacou que o reforço e contributo que a GNR dá é essencial, porque só a Guarda está presente quer na prevenção, quer no combate aos incêndios florestais. 

«No dia de hoje informando as populações do que devem fazer, amanhã vigiando o que foi feito e o que está por fazer, depois de amanhã patrulhando no terreno e depois, quando a chama aparecer, ser os primeiros a chegar a procurar eliminar a chama, porque como sabemos uma chama apaga-se com o pé, um grande incêndio, depois, é muito difícil de gerir», afirmou.

António Costa referiu também que o papel da GNR na fiscalização da limpeza das matas não é autuar os proprietários, mas garantir que sejam cumpridas as obrigações de limpeza das matas. 

Garantir que todos cumprem as respetivas obrigações

«Uma mata não tratada é um risco para a vida de todos e, portanto, o que está aqui em causa não é cobrar as multas, não é autuar as pessoas, mas é garantir que cada um cumpre as suas obrigações», afirmou, acrescentando que «o que está em causa é se todos contribuímos para a segurança de todos».

O Primeiro-Ministro, acompanhado pelo Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, assistiu ao primeiro dia de formação dos 600 novos militares da GNR, numa incorporação excecional destinada a substituir os militares que passam para o Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS) e Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), com especial responsabilidade na prevenção e combate a fogos florestais.

Os cursos para a GIPS vão realizar-se em março e em abril, e os para o SEPNA posteriormente, para que estejam terminados antes de se iniciar o período crítico de incêndios florestais.

O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou que, com este reforço de 500 elementos, os GIPS, que até agora estavam presentes em 11 dos 18 distritos, vão passar a intervir em todo o Continente.