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2017-09-23 às 12h04

29 refugiados entram no ensino superior com bolsas de estudo este ano letivo

O Ministro-Adjunto, Eduardo Cabrita, afirmou que 29 refugiados vão ingressar no ensino superior este ano letivo, através de bolsas de estudo do Alto Comissariado para as Migrações, numa parceria com a Associação Plataforma Global para Estudantes Sírios.

Em declarações à agência Lusa, o Ministro lembrou que estas bolsas surgem na sequência de um protocolo de cooperação datado de julho, representando um projeto inovador: «No início deste ano letivo, podemos dizer que 29 refugiados vão receber bolsas de estudo para frequência do ensino superior».

«Em alguns casos, as bolsas destinam-se a faculdades para o nível de ano zero, em que ainda há uma dimensão de aprendizagem da língua portuguesa. Noutros casos, é já a frequência de cursos, consoante as habilitações de base dessas pessoas», acrescentou Eduardo Cabrita.

Integração social plena

«A criação e atribuição das bolsas de estudo superou largamente as expectativas, que inicialmente eram moderadas quanto à possibilidade de haver quem se candidatasse», disse ainda o Ministro.

Eduardo Cabrita acrescentou: «De tal maneira, que o programa foi inicialmente pensado para a criação de 12 bolsas, e - face ao âmbito de possíveis destinatários - o Governo decidiu alargar para 29, tendo recebido 40 candidaturas para estas bolsas».

«Isto integra-se dentro da nossa política de acolhimento com preparação para a integração plena na sociedade portuguesa e com acesso ao mercado de trabalho», referiu o Ministro.

E sublinhou que esta «é uma iniciativa que distingue Portugal, pelo facto de o País ter uma visão aberta à tolerância e à solidariedade com o acolhimento de refugiados, mas também porque aposta numa integração tão plena quanto possível».

Eduardo Cabrita concluiu, afirmado que esta «é uma iniciativa para continuar, embora primeiro seja preciso acompanhar estes estudantes, de modo a que o seu percurso tenha sucesso».

Destinatários e conteúdo

Dos 29 estudantes, 10 vão ingressar no ensino superior no «Ano Zero, Pt+», em que têm formação de base para acesso ao ensino superior com aprendizagem reforçada de Português. Os outros 19 estudantes, vão já começar a frequentar o primeiro ano do curso escolhido.

Estas bolsas de estudo destinam-se a refugiados recolocados, reinstalados ou outros requerentes de asilo, que tenham chegado a Portugal nos últimos dois anos. No caso destas primeiras 29 pessoas, são maioritariamente sírios e iraquianos.

O valor atribuído a cada estudante serve para as bolsas de estudo e apoio à habitação. No caso das pessoas refugiadas recolocadas, que recebem apoio financeiro através do Fundo de Apoio aos Migrantes, começam a receber a bolsa quando acaba este apoio, ou seja, depois de estarem há 18 meses em Portugal.