Conselho Europeu discutiu aposta clara no reforço do mercado interno da energia e digital

O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que o Conselho Europeu foi «centrado no crescimento e emprego com uma clara aposta no reforço do mercado interno, designadamente da energia e das oportunidades da economia digital, e também da necessidade de termos uma política comercial forte que ajude a regular a globalização de uma forma mais justa e proveitosa para todos».

O Primeiro-Ministro referiu também que «todos os líderes europeus transmitiram a sua solidariedade em relação aos trágicos acontecimentos do passado fim-de-semana» no incêndio de Pedrógão Grande.

O Primeiro-Ministro agradeceu «à Comissão o funcionamento do mecanismo europeu de emergência e também aos diferentes Estados membros todas as manifestações de solidariedade que tiveram, quer com o envio de meios materiais e humanos, quer com a solidariedade que manifestaram».

O Conselho discutiu ainda a segurança e defesa da União Europeia, tendo, na área da segurança, reafirmado «a prioridade da prevenção da radicalização para prevenir o terrorismo», e tendo tomado a «decisão de reforçar o diálogo com a indústria de redes sociais tendo em vista a rápida remoção da propaganda de radicalização».

Indústria de defesa e energias renováveis

No que respeita à defesa, «foi sublinhada a importância da indústria de defesa e de desenvolver em conjunto uma indústria europeia na área da defesa».

Os Chefes de Estado ou de Governo reafirmaram «a vontade da União Europeia aplicar o acordo de Paris sobre alterações climáticas, não só para garantir as metas ambientais, mas também como uma grande oportunidade para a modernização da indústria e da economia europeia a partir das energias renováveis e de uma economia mais amiga do ambiente».

O Conselho aprovou ainda «o procedimento que tinha sido definido pela Comissão para o processo de candidaturas à relocalização das agências europeias que estão sediadas no Reino Unido» que são a Agência Europeia do Medicamento e a Autoridade Bancária Europeia, tendo Portugal tem candidatura à instalação da primeira.

O Primeiro-Ministro teve uma reunião com a Primeira-Ministra britânica, tendo Theresa May enunciado «genericamente o que só explicitará na segunda-feira, sendo prematuro tirar qualquer conclusão antes da explicitação da proposta do Reino Unido» sobre as negociações da sua saída da União Europeia.

«O que está combinado entre os 27 é que quem negocia em nome de todos é o Senhor Michel Barnier e, portanto, não haverá negociações bilaterais relativamente à saída do Reino Unido», disse ainda António Costa.

Foto: Primeiro-Ministro António Costa com o Presidente da República de Chipre, Nicos Anastasiades, no Conselho Europeu, Bruxelas, 23 junho 2017 (Foto: União Europeia)