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2017-05-11 às 20h35

Regresso da força destacada no Kosovo «não significa menor empenhamento para com a NATO»

Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, cumprimenta o comandante do 1.º Batalhão de Infantaria Mecanizado de Rodas, tenente-coronel António Cardoso, Lisboa, 11 maio 2017 (Foto: MDN)

O Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, elogiou esta tarde «o elevado profissionalismo e sentido de dever» da Força Nacional Destacada que regressou do Kosovo, assinalando uma missão cumprida com brio e dignidade desde 1999.

Esta força contribuiu para a estabilidade daquele território e para o prestígio internacional das Forças Armadas portuguesas, disse ainda o Ministro.

A chegada dos 167 militares ao aeródromo militar de Lisboa marcou o fim da participação portuguesa com uma força com missão de Reserva Tática na operação da NATO no Kosovo (KFOR), mas «não significa um menor empenhamento para com a NATO», nem «qualquer desinvestimento nas Forças Nacionais Destacadas», afirmou.

O 1.º Batalhão de Infantaria Mecanizado de Rodas, da Brigada de Intervenção, composto por 181 militares, foi o último batalhão português a constituir-se como Reserva Tática da KFOR.

Portugal esteve presente na KFOR de 1999 a 2017, com a exceção dos anos 2002 e 2004, tendo participado nesta operação cerca de 7000 militares.

A retração teve início a 28 de abril com o fim da atividade operacional e a transferência da missão para um contingente húngaro.

Portugal continuará a contribuir para a Missão da NATO no Kosovo com um destacamento de 15 militares em funções de Estado-Maior e na área das informações.

A retração da Força foi feita na sequência do parecer favorável do Conselho Superior de Defesa Nacional de outubro de 2016.

Desde 1999

A intervenção no Kosovo resultado da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de 10 de junho de 1999, n.º 1244, que mandatou uma força internacional de segurança com as responsabilidades de prevenir o recomeçar das hostilidades, manter e se necessário implementar o cessar-fogo.

Esta força tinha ainda por funções desmilitarizar o Exército de Libertação do Kosovo e outros grupos armados kosovar/albaneses, e estabelecer um ambiente seguro onde refugiados e pessoas internamente deslocadas possam regressar a casa em segurança.

No seguimento deste mandato, conjugado com o acordo técnico militar entre a NATO e os Governos da República Federal da Jugoslávia e da República da Sérvia, a NATO tem liderado desde junho de 1999 a Operação de Apoio à Paz no Kosovo.

A KFOR tem como missão de contribuir para um ambiente seguro; apoiar e coordenar o esforço humanitário internacional e a presença civil; apoiar o desenvolvimento de um Kosovo estável, democrático, multiétnico e pacífico; apoiar o desenvolvimento de uma força de segurança do Kosovo.

Atualmente, a missão da NATO no território consiste em contribuir para a manutenção de um ambiente seguro e à garantia da liberdade de movimentos com a participação de 29 países e cerca de 4600 efetivos.

 

Foto: Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, cumprimenta o comandante do 1.º Batalhão de Infantaria Mecanizado de Rodas, tenente-coronel António Cardoso, Lisboa, 11 maio 2017 (Foto: MDN)