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2016-11-28 às 13h53

Plano prevê criação de equipas de cuidados paliativos nos hospitais e agrupamentos de centros de saúde

Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, afirmou que o Governo pretende criar equipas de cuidados paliativos em todos os hospitais e em 100 Agrupamentos de Centros de Saúde, na apresentação Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos para o biénio 2017-2018.

O Secretário de Estado, que falava no hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, disse que os Agrupamentos de Centros de Saúde são a área com maiores lacunas em equipas especializadas de cuidados paliativos, que são atualmente 18 em todo o País, número que deverá ser duplicado.

«Este é um plano para dois anos», disse Fernando Araújo, acrescentando que «2017 é o ano de arranque, e esta duplicação criará o fundo para, em 2018, continuarmos com esta dinâmica e atingirmos esse objetivo final que das 100 equipas».

Rede de cuidados paliativos foi criada mas não concretizada

O Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos para o biénio 2017-2018, publicado em Diário da República, permite «tornar as coisas mais céleres para que as respostas no terreno, sejam céleres a serem construídas».

«É a primeira vez que o País tem um plano estratégico para esta área. A rede de cuidados paliativos foi criada em 2012, mas depois nunca foi concretizada», disse.

Agora, «temos um plano com organização, sabemos o que queremos e para onde vamos. O plano tem objetivos muito claros e metas calendarizadas. Dá-nos alguma pressão, naturalmente, é um plano ambicioso, mas que é importante concretizar para bem dos utentes e das suas famílias», afirmou.

Respostas em casa dos doentes

O Secretário de Estado referiu que a área dos cuidados paliativos, até agora inserida nos cuidados continuados integrados, estava parada, e com este plano «a discussão passou de camas para as soluções, nomeadamente, na casa dos doentes».

Se existir capacidade de resposta de cuidados paliativos no terreno haverá menos necessidade de dotação de camas em unidades de cuidados continuados, disse. Presentemente, há 362 camas de cuidados paliativos no País, sendo «necessárias cerca de 460».

Fernando Araújo afirmou ainda a necessidade de reforçar a formação dos profissionais de saúde, referindo as parcerias estabelecidas com as universidades do Porto, Lisboa, Algarve, Minho e Escola Superior de Enfermagem de Viana do Castelo.

O Ministério da Saúde está também a trabalhar com a Ordem dos Médicos com vista à criação, em 2017, de uma especialidade de medicina em Cuidados Paliativos.